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Scot Consultoria

O enigma das escalas longas


Quinta-feira, 11 de maio de 2017 - 14h30

A safra de 2017 vai caminhando para o fim e seguindo o histórico de melhora de oferta em praticamente todas as regiões do Brasil. Com algumas regiões já há alguns dias sem chuva e a capacidade de suporte das pastagens diminuindo a cada dia, a possibilidade do pecuarista segurar os animais nos pastos vai diminuindo o que proporciona uma melhora na oferta para as indústrias.


Esse cenário normalmente vem junto com pressão baixista nas cotações, porém, essa não é a realidade que prevalece no mercado até o momento. As indústrias têm aproveitado essa situação para alongar as programações de abate, que estão nos patamares mais altos dos últimos meses, como pode ser observado na figura 1.


O mercado futuro vinha observando essa realidade de aumento da oferta e traduzindo isso como pressão baixista nas cotações, tanto é que o contrato de maio chegou a testar sua mínima recente com patamares próximos a R$135,00/@ embutindo, portanto, uma expectativa de queda de mais R$3,00/@ até o final do mês no mercado físico. À medida que a indústria manteve o apetite de compra sem pressionar preços, o movimento de queda no mercado futuro cessou e o contrato de maio ensaiou alguma recuperação, voltando para o patamar de R$136,00/@.


Normalmente a indústria trabalhar com escalas cheias e longas é sinal de que a margem de comercialização está favorável e isso tem muito a ver com a demanda por carne que mostrou sinais de melhora devido ao abastecimento para o Dia das Mães. Além disso, os dados dos embarques da primeira semana de maio mostraram uma recuperação significativa nos volumes exportados frente ao mês de abril.


Como a tendência da oferta nas próximas semanas é se manter boa, a questão que se coloca agora é o rumo da carne no restante do mês, já que o reflexo de escalas mais longas e cheias será maior oferta de carne e consequentemente pressão nas cotações. Se a margem da indústria voltar a piorar e o ritmo dos abates diminuir, nova rodada de pressão no boi gordo será sentida no mercado.




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