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Scot Consultoria

Mercado futuro na semana


Quinta-feira, 8 de dezembro de 2016 - 14h40

Nos últimos meses tem sido difícil escrever sobre o mercado pecuário pela falta de volatilidade que vinha sendo apresentada. Praticamente desde agosto que o mercado oscila apenas R$1,00 acima ou abaixo dos R$150,00/@ em São Paulo. 


Na última semana, no entanto, a falta de volatilidade chegou a patamares extremos, com uma oscilação de apenas R$0,13/@ no indicador a vista (R$149,43/@ no dia 01/12 e R$149,56/@ no dia 07/12). Emblemático disso foi também a diferença entre os preços mínimos e máximos divulgados pelo CEPEA no dia 07/12 de apenas R$0,22/@ (R$149,67 na máxima e R$149,45 na mínima) sendo esse o menor valor de toda a base histórica.


Com esse cenário no mercado físico, é óbvio que o futuro também acaba não tendo grandes oscilações, porém, a tendência dos últimos dias tem sido de uma constante queda de preços, com todos os contratos de 2017 operando em suas respectivas mínimas até agora. Jan17 a R$148,00; fev17 a R$147,00; mar17 a R$147,00 ; mai17 a R$144,50 e out17 a R$153,00.


O cenário de preços para 2017 que já não era nem um pouco atrativo para o pecuarista piorou ainda mais, com o patamar de preços abaixo de R$150,00/@ se consolidando de vez na realidade do mercado futuro. No mercado físico esse suporte ainda não foi definitivamente quebrado, porém, aos poucos as tentativas de compra a R$149,00 a arroba tem ganhado força e as ofertas acima dos R$150,00/@ vão ficando cada vez mais raras.


Outro fator sintomático da realidade atual do mercado é a dificuldade de escoamento da carne mesmo numa época que tradicionalmente é positiva para as vendas. O cenário de abates reduzidos em praticamente todas as plantas frigoríficas não tem sido suficiente para impor alguma alta às cotações que ainda se mantém nos mesmos patamares de final de novembro. Assim sem a demanda por carne aquecida e com a oferta sendo suficiente para manter as escalas de abates confortavelmente acima de uma semana, praticamente não existem gatilhos para alta do mercado atualmente.


Sem a possibilidade de garantia de preços remuneradores no mercado futuro, o foco em 2017 terá que ser gestão extremamente afinada, corte de custos e muita atenção à qualquer possibilidade que possa vir a ocorrer. A venda dos animais comprados em outra realidade de preço e de mercado provavelmente não trará resultados positivos, porém a queda da reposição diminuindo os ágios pagos tanto para o boi magro como para o bezerro aliado à queda do custo com a alimentação podem gerar alguma oportunidade de lucro, mesmo nos preços atuais. A gestão da comercialização nesse ano terá que ser mais do que nunca o principal fator a ser observado pelos produtores.




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