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Scot Consultoria

Mercado de lado


Quinta-feira, 27 de outubro de 2016 - 14h40

O mercado teve uma semana de relativa estabilidade, sem nenhuma grande movimentação que mereça uma análise mais aprofundada. Depois de apresentar uma folga nas escalas na semana que passou, as tentativas de compra abaixo da referência das indústrias paulistas não tiveram efeito e aos poucos os preços antigos foram sendo retomados. A barreira psicológica dos R$150,00/@ foi muito forte e os negócios abaixo desse patamar representaram uma exceção, com a maioria dos negócios sendo efetivados dentro do intervalo de R$150,00/@ e R$152,00/@ para o boi comum.


Se por um lado a pressão de baixa não foi suficiente para forçar quedas maiores na referência, por outro, o desempenho das vendas de carne, tanto no mercado interno como no mercado externo, também não tem ajudado em nada para uma recuperação dos preços. A saída dos animais de confinamento têm sido suficiente para abastecer o apetite das indústrias e sem ninguém ter força para se sobrepor nessa queda de braço, os preços vão ficando estáveis.


No mercado interno, a dificuldade nas vendas e a consequente pressão de baixa na carne foi a responsável pelo recuo das margens da indústria, como pode ser observado na figura 1 que retrata a diferença de preço entre o boi gordo e a carne com osso. Repare que, apesar de ainda estarmos em um patamar acima da média, o recuo nas últimas semanas foi bastante pronunciado diminuindo o apetite das indústrias. No mercado externo, os dados de outubro até agora foram ainda mais desanimadores com o fraquíssimo ritmo das exportações indicando queda de quase 30,0% frente ao mesmo período do ano passado.


O mercado futuro, após ter devolvido praticamente todo o ágio das cotações de novembro frente ao indicador à vista, parece ter encontrado um piso próximo de R$152,00/@, que já foi testado três vezes, mas sem conseguir ser rompido definitivamente. O único contrato que ainda mantém um pequeno ágio frente ao mercado físico é o de dezembro, que tem conseguido se manter perto de R$2,00/@ acima das cotações atuais do Índice Esalq à vista.


Sem grandes expectativas com relação à melhora de consumo no curto prazo, todas as expectativas ficam por conta da evolução da oferta durante o mês de novembro, já que sem ágio nenhum no mercado futuro, esse contrato muito provavelmente terá dificuldade de ficar abaixo do físico, caminhando praticamente junto do Indicador à vista durante todo o mês. Apenas um movimento mais forte de retração da oferta poderá voltar a trazer um ambiente mais positivo para o curto prazo já que a expectativa de melhora do consumo, mesmo que tímida, vai ficando para o mês de dezembro.



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