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Scot Consultoria

Mercado físico firme e futuro de lado


Sexta-feira, 28 de agosto de 2015 - 11h26

A chegada do final do mês e consequentemente melhora na expectativa de venda de carne na virada do mês dão o tom de firmeza ao mercado físico nessa semana. Apesar de não ter havido nenhum movimento forte de alta, a oferta enxuta ajudou também a gerar uma maior firmeza no mercado ocasionando altas pontuais em algumas indústrias. Nos mercados fora de São Paulo, o movimento altista foi mais intenso, como aliás era esperado pelos diferenciais de base nas máximas do ano, ocorrendo altas de até R$5,00/@ como observado em Goiás, que saiu da referência ao redor de R$128,00/@ a prazo para os atuais R$133,00/@ a prazo.


Já o mercado futuro anda num marasmo só, com baixo volume de negócios e pouca volatilidade. O contrato de outubro está negociando ao redor dos R$147,00/@ há mais de 15 dias, sem força para romper nem R$0,50/@ acima ou abaixo desse patamar. Conforme abordávamos nesse espaço nas últimas semanas, como o mercado futuro já havia antecipado essa firmeza do mercado físico, ele teria dificuldades em trabalhar em patamares maiores, sem um "empurrão" mais forte nas cotações do Indice Esalq à vista.


O maior destaque da semana foi o dólar, que em meio à somatória da turbulência político - econômica no Brasil e o verdadeiro tumulto causado pelo receio da explosão da bolha de ações na China, operou em forte alta rompendo inclusive o importante patamar psicológico de R$3,60. A consequência óbvia disso foi o barateamento de nossa @ em dólar, que rompeu o patamar de US$40,00/@, atingindo o menor preço desde início de 2009, como pode ser observado na figura 1.



A queda da nossa arroba em dólares novamente levanta ótimas expectativas com relação à melhora de nossas exportações, porém a realidade que se impõe até o momento é de melhora apenas marginal no ritmo dos embarques, com os dados preliminares mostrando aumento em relação à julho, mas ainda ao redor de 20% abaixo de ago/14.



Como pode ser observado, as exportações de suínos e frango tem respondido bem á alta do dólar, com aumentos de volumes embarcados da ordem de 15% e 3% no ano, respectivamente, enquanto os embarques de bovinos mesmo com preços nas mínimas não tem deslanchado. Muito da "culpa" pela dificuldade de aumentar nossas exportações mesmo com preços competitivos é mostrada na figura 2, evidenciando a evolução dos preços do petróleo, que nessa semana atingiu sua mínima dos últimos seis anos, cotado abaixo dos US$40,00/barril.



A queda dos preços do petróleo afeta diretamente a economia de nossos principais compradores, notadamente Rússia, Venezuela e Oriente Médio, e assim a expectativa de aumento dos embarques se volta novamente para a China, porém nesse mercado o baixo número de plantas habilitadas dificulta expansão mais substanciais no volume exportado. Obviamente, com o barateamento de nossa carne, outros mercados podem ampliar suas compras diminuindo a relevância dos países impactados pelo petróleo, porém a cada mês que se passa, a expectativa de aumento dos volumes frente á 2014 vai ficando mais difícil de ser atingida, mesmo com nossa carne nas mínimas dos últimos anos.



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