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Scot Consultoria

Safra com cara de safra


Sexta-feira, 26 de junho de 2015 - 14h54

A mudança de atitude das grandes indústrias que passaram a endurecer muito as negociações no mercado físico obteve bons resultados e mesmo diante do encurtamento das escalas os preços se mantiveram nos patamares praticados na última semana. O Indicador à vista que terminou a semana cotado a R$144,99/@, não ganhou força e está hoje em R$144,78/@. Nos demais estados onde o encurtamento das escalas foi até maior que em São Paulo, os preços também ficaram praticamente inalterados consolidando a queda ocorrida nos últimos 15 dias.


No mercado futuro, a expectativa de que as indústrias não aguentariam a pressão da diminuição da escala e teriam que retomar os preços de antes da pressão baixista, não se confirmou e esse foi o sinal para que um grande volume de vendas entrasse no mercado. O contrato de outubro, que fez máxima na semana passada ao redor de R$152,00/@, recuou forte, provavelmente com o movimento exacerbado por "stops" de posições compradas e chegou a fazer mínima de R$148,20/@, no pregão de 25/6, recuperando parte das perdas e cotado ao redor de R$149,20/@ ao meio dia, como pode ser observado na figura 1.


A pressão negativa exercida pela indústria teve como resultado a diminuição nos abates e, logicamente, menor oferta de carne bovina, que ganhou sustentação e até subiu de preço ao longo do mês, contrariando o histórico de queda de preços no meio do mês. Essa manutenção dos bons preços na carcaça casada aliada à queda de preços no físico colaborou novamente com a melhora das margens das indústrias, consolidando o movimento iniciado na semana anterior e estando atualmente no melhor patamar dos últimos 12 meses, como pode ser observado na figura 2.

Existem atualmente duas análises bastante conflitantes com relação ao rumos dos preços do mercado futuro no curto prazo: os baixistas acreditam que ainda existe um volume bom de oferta de gado de pasto que virá ao mercado ao longo de julho devido à piora tardia das condições das pastagens e que esse volume somado aos primeiros lotes de animais confinados exercerá pressão negativa sobre os preços atuais. Já os altistas acreditam que diante da diminuição da oferta, o encurtamento das escalas e a melhora dos preços da carne, as indústrias não terão alternativa e terão que retomar os preços anteriores às quedas recentes. A pressão baixista no mercado futuro a partir desses preços tende a ser menor, na medida em que nos preços atuais de boi magro a conta do confinamento volta a ficar muito apertada, portanto o volume de vendas devido a fixação de preços deve diminuir. Novas baixas acontecerão apenas se o volume de vendas devido à liquidação de posições compradas voltarem a pressionar o mercado.



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