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Scot Consultoria

Mercado futuro na semana


Sexta-feira, 19 de junho de 2015 - 15h22

Com o tempo mais seco e o final das chuvas típico para a época do ano, a capacidade de suporte das pastagens acaba sendo afetada e o reflexo disso ocorre no aumento da oferta e consequente pressão nos preços. Essa é a característica típica do final de safra e o que varia é a magnitude da pressão exercida sobre os preços. Até agora, a máxima da safra foi registrada no dia 20/4 com o indicador à vista, cotado a R$150,65/@, estando cotado atualmente em R$146,35/@, ou uma queda de apenas 2,8%, o que configura uma safra ainda bastante firme.


O movimento de queda que se acelerou nessa semana foi provocado não por um aumento substancial da oferta, mas mais por uma mudança radical da postura das indústrias frigoríficas, sobretudo os maiores grupos, que endureceram as negociações, abaixando os preços de balcão e se recusando a negociar preços, mesmo após os impactos negativos nas escalas diante do menor número de negócios fechados. Até o momento essa estratégia tem apresentado resultados positivos, já que a diminuição dos abates resultou em enxugamento da oferta de carne e sustentação nos preços, melhorando a margem da indústria como pode ser observado na figura 1.


O reflexo dessa maior pressão no físico foi uma forte queda de preços no mercado futuro e o contrato de out/15, que no começo da semana passada havia sido negociado, em sua máxima, acima dos R$155,00/@, operou em forte queda, sendo negociado na mínima abaixo do importante patamar de R$150,00/@. Como os preços da reposição ainda não acompanharam a queda do mercado físico, essa queda do mercado futuro serviu para dificultar ainda mais os negócios com gado magro no atual preço pedido pelos vendedores.


É importante manter essa queda recente sob perspectiva, já que nos preços atuais ainda estamos 20,0% acima dos preços praticados no mercado físico no ano passado e por isso mesmo a queda de braço entre indústria e pecuarista deve se intensificar nas próximas semanas. A briga entre pouca oferta de boi gordo e dificuldade na venda da carne no mercado interno deu a tônica do mercado até agora e não será diferente no restante do ano, porém a readequação da capacidade de abate da indústria com fechamento de plantas e férias coletivas deu maior força para a indústria nessa briga.



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