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Scot Consultoria

Oferta curta, demanda ruim e preços de lado


Quinta-feira, 15 de janeiro de 2015 - 16h29

A semana não apresentou grandes mudanças para o mercado físico do boi gordo. A situação permanece com ofertas ainda restritas, porém, com a indústria sem conseguir pagar mais por causa da demanda fraca. Assim, em São Paulo a máxima tem permanecido ao redor de R$145,00, com as indústrias de menor porte conseguindo algum nível de oferta nesse valor, porém, ainda sem alongar as escalas, com tentativas de recuos. 


Se do lado da oferta não temos pressão de baixa, do lado da demanda a situação se inverte, já que no mercado interno as quedas de preços começaram a ocorrer com janeiro seguindo a tendência de ser um mês ruim para a venda de carne. No mercado externo a situação também não é boa, com os dados preliminares divulgados pela SECEX (Secretaria de Comércio Exterior) das exportações até o dia 9 de janeiro mostrando queda de 20% frente a igual período do ano passado. 


A dificuldade de a indústria conseguir impor recuos no mercado é derivada da dificuldade do produtor em fazer a sua reposição em níveis minimamente satisfatórios. Como a capacidade de suporte das pastagens permanece boa, apesar do veranico em algumas regiões, via de regra, a decisão do produtor é manter os animais em engorda para tentar buscar uma relação de troca mais favorável, impossibilitando assim movimentos de baixa mais sustentados no curto prazo.


Além disso, o mercado futuro continua a precificar uma safra firme, com o contrato de maio sendo negociado com apenas 1,50% de deságio em relação ao mês presente, tornando a estratégia de manutenção dos animais em engorda ainda mais atrativa. Aliás, num momento como o atual, em que o mercado futuro vem apresentando pouca variação, uma boa oportunidade de ganhos é apostar no aumento desse diferencial ao longo da safra, fazendo o spread comprando jan/15 e vendendo mai/15. Esse spread é particularmente interessante porque caso ele não aumente ao longo do mês, é possível "rolar" a ponta comprada para o mês subsequente, muito provavelmente com deságio, ampliando assim o horizonte de tempo para a operação apresentar ganhos.




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