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Scot Consultoria

Outubro abaixo de março


Sexta-feira, 21 de março de 2014 - 14h28

O ritmo das últimas semanas do mercado físico vem se mantendo e isso significa que o Indicador à vista vem quebrando seu recorde de alta dia após dia, estando atualmente em R$126,28/@, alta de 5,0% apenas no mês de março.


A força com o que o mercado físico de boi gordo tem subido nas últimas semanas tem gerado uma enorme volatilidade no mercado futuro, com os contratos de maio e outubro apresentando oscilações intradiárias de mais de R$2,00 cada vez mais frequentes, numa situação que não é típica para o mercado futuro de boi. Acompanhe na figura 1 a evolução da volatilidade do contrato de maio/14.


Toda essa volatilidadem, associada com a forte alta no mercado físico, tem deixado o mercado futuro sem referência do que pode ser safra e entressafra e, atualmente, o contrato de outubro é negociado a quase R$2,00 abaixo do de março, numa situação sem precedentes até então. Acompanhe a evolução desse spread na figura 2.


O ritmo das exportações diminuiu de 50,0% de alta em fevereiro para 18,0% de alta nas duas primeiras semanas de março e a carne com osso no mercado interno já recuou para ao redor de R$8,00/kg, um recuo de 4,0% de sua máxima de R$8,30/Kg, o que pode diminuir o apetite de compra das indústrias nos preços atuais.


De todo modo, a oferta ainda é restrita, a capacidade de suporte das pastagens ainda é boa e os preços da reposição simplesmente explodiram em todas as regiões do Brasil. Diante desse cenário, as perguntas que necessitam de respostas atualmente são: a safra está muito cara ou a entresafra está barata? E essa distorção atual será corrigida? Esse cenário de alta volatilidade é um complicador adicional para a decisão dos confinadores, qualquer erro na tomada de decisão sobre a compra do boi magro ou a venda do boi gordo terá um potencial ainda maior do que o normal na determinação da rentabilidade da atividade. Como diz o ditado: muita calma nessa hora!




 



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