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Scot Consultoria

Volatilidade em baixa


Sexta-feira, 8 de novembro de 2013 - 10h00

Já estamos caminhando para a terceira semana seguida de mercado físico de boi gordo praticamente "tabelado" ao redor de R$ 108,00/@. O Índice ESALQ à vista pode até ter algum ruído, como no dia de ontem que subiu R$0,36 para R$108,53/@, enquanto o a prazo recuou R$0,53 para R$108,56/@, porém, o fato é que ao redor de R$ 108,00/@, à vista, têm se concentrado a maior parte dos negócios.


O roteiro das últimas semanas tem sido rigorosamente o mesmo: diante da queda dos preços da carne, os frigoríficos tentam recuar os preços do balcão, mas a oferta ainda enxuta não permite maiores quedas. As escalas encurtam e as indústrias são "obrigadas" a retomar os preços de R$108,00/@, à vista. Nesse preço as escalas melhoram, e as tentativas de recuo são retomadas, porém, sem efetividade, o que reinicia o "ciclo"... 


É bem verdade que nessa virada do mês a vendas de carne tiveram ligeira melhora, porém ainda não suficiente para permitir pagamentos mais altos no boi gordo. Em resumo, o mercado paulista "achou o seu preço" ao redor de R$108,00/@ e pelo menos no curto prazo não parece que há motivos para rompimentos significativos desse patamar para nenhum lado.


Essa falta de volatilidade no mercado físico é refletida diretamente nos negócios do mercado futuro, que vem apresentando baixo volume diário e também pouco volume de day trade. A boa notícia é que essa baixa volatilidade se reflete no mercado de opções, que acabam ficando mais baratas e proporcionando oportunidades de compra de seguro de preços mínimos para o final do ano. No pregão de ontem foi negociada a opção de venda de nível R$107,00/@, a R$1,10/@ e a de nível R$105,50/@ a R$0,50/@, para dezembro.


Até o momento todas as tentativas de impor maiores quedas no mercado físico foram frustradas e, portanto, movimentos sustentados de baixa não tem ocorrido. Para o final do ano existe sempre a expectativa com relação ao aumento do consumo no mercado interno em dezembro, porém ocorre também um recuo sazonal nas exportações. 
Além disso, importantes regiões pecuárias já tem tido boas chuvas há quase dois meses o que pode ter algum reflexo na oferta de animais de pasto para o fim do ano. 


No final das contas pode não ser mal negócio a garantia de preços mínimos para evitar alguma surpresa desagradável no fim do ano.



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