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Scot Consultoria

Mercado futuro na semana


Quinta-feira, 12 de setembro de 2013 - 16h04

Indo direto ao ponto, o mercado físico está em alta e em nenhum momento do ano houve uma conjuntura tão altista como a atual. 


Tal conjuntura tem surtido efeito nos preços do mercado físico, com o Índice Esalq à vista subindo R$3,00/@ desde o início de setembro para os atuais R$106,38/@, à vista. Porém, nem mesmo essa alta foi suficiente para alongar as escalas de abate no mercado físico, que permanecem ainda apertadas, para a semana que vem, indicando que pode haver espaço para a continuidade do movimento em curto prazo.


O que tem dado vazão à alta do boi gordo é o comportamento da carne com osso no atacado, que teve alta de 6,75% no mês de setembro, saindo do patamar de R$6,40/kg para os atuais R$6,83/kg. A força e a velocidade dessa alta impressionam e podem ser observadas na figura 1.


Que a conjuntura atual permanece altista, não há muito o que contestar, porém nos chama muito a atenção o fato de o mercado futuro não estar respondendo de acordo com esse cenário. 


O contrato de out/13 ainda não conseguiu romper definitivamente o patamar de R$107,50/@ e está, atualmente, literalmente travado entre o patamar de R$107,00/@ e R$107,50/@, com todas as tentativas de romper esses limites, para baixo e para cima, sem obterem sucesso até o momento.


Nesse cenário, todo o ágio entre o indicador à vista e o contrato de out/13 vem diminuindo dia após dia. Esse ágio chegou a ser R$4,40/@ no final de agosto e atualmente está em apenas R$0,88/@.


Como a alta do indicador à vista no mesmo período foi ao redor de R$3,00/@, observa-se que o contrato de out/13 acabou simplesmente ignorando a alta do físico. Nem mesmo a ligeira condição de sobrecomprado desse contrato, com o IFR (Índice de Força Relativa) recuando de 75 para 65, conseguiu melhorar o ânimo do mercado, que ao meio dia do pregão de 12/09 operava em baixa, testando novamente o suporte de R$107,00/@.


Sempre é bom ficar com a pulga atrás da orelha quando o mercado futuro não reage às notícias altistas, com o diferencial de base de Goiás e Minas Gerais na máxima do ano. Além disso, a alta concentração, de mais de 60% da posição comprada nas mãos de pessoa física, complementa os fatores que os baixistas mais se baseiam para justificar a posição vendida. 


Porém, se a oferta não der sinais claros de melhora e/ou a carne no mercado interno continuar com o bom escoamento, a firmeza no mercado físico deve permanecer.




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