O ano começa com uma realidade bastante diferente da ocorrida em dezembro, quando o mercado enfrentou uma forte pressão baixista com o evento priônico do Paraná, e a maior oferta de gado gerada pela saída concentrada de alguns confinamentos, sobretudo no Mato Grosso.
Agora a realidade é de escalas mais apertadas e muitos pecuaristas de férias, portanto, sem pressão vendedora. As vendas de carne no final do ano não decepcionaram e a reposição de estoques contribui para a sustentação do mercado.
O contrato de jan/13, que vinha em uma trajetória de queda desde o final de outubro, culminando com a mínima no dia 13/12 em R$92,01/@, à vista, se recuperou no embalo das altas do Índice Esalq à vista. Porém, atualmente permanece sem força para se sustentar acima dos R$96,00/@, à vista, como pode ser observado na figura ao lado.
Esta situação de firmeza de preços no mercado físico, com o Índice Esalq à vista em R$97,17/@, já era de certa forma esperada, uma vez que em todo início de ano os frigoríficos enfrentam uma situação mais difícil, com muitos pecuaristas de férias e fora das vendas, ao passo que a reposição dos estoques das vendas de final de ano contribui para o ambiente firme no início de todos os anos.
A questão principal agora é se este ambiente pode se sustentar a partir da segunda quinzena de janeiro, quando o consumo é notadamente menor, ou se ele se inverterá.
A pressão vendedora do contrato de jan/13 acima do R$96,00/@, à vista, mais de 1 real abaixo do atual Índice Esalq, indica que muitos apostam em uma piora do cenário até o final do mês.
O piso de R$95,00/@, à vista, em São Paulo e R$90,00/@ no Mato Grosso do Sul foi testado em dezembro, mas o mercado voltou rapidamente acima deste patamar. O mês de janeiro será um bom termômetro para verificarmos quão "importante" é este piso e com isto balizar as expectativas para o restante da safra.
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