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Scot Consultoria

Mercado futuro na semana


Quarta-feira, 10 de outubro de 2012 - 20h54

O mercado de boi gordo vem sofrendo pressão nesta primeira quinzena de outubro. O indicador ESALQ à vista recuou R$0,79/@ no mês, para os atuais R$95,17 de 9/10. A pressão no mercado físico continua bastante grande e a oferta atual tem permitido que as indústrias (mesmo aquelas que não possuem compras a termo) mantenham as escalas longas o suficiente para manterem a pressão baixista.


Os diferenciais de base entre SP e as demais praças pecuárias permanecem bastante estreitos, inclusive com algumas praças com preços acima de SP, como é o caso do Pará. Este fator tem chamado a atenção de alguns participantes do mercado como um fator altista, já que a situação de oferta nas praças vizinhas de São Paulo não é boa o suficiente para corrigir esse  diferencial pela queda de preços fora de São Paulo, então por esse raciocínio o natural seria São Paulo subir para "corrigir" esses diferenciais. Ÿ Acontece que a oferta de animais confinados em São Paulo não possibilita reajustes de preços, além disso temos a carne sem fôlego para novas altas no curto prazo e a previsão de chuvas acima da média para a segunda quinzena de outubro, o que pode concentrar ainda mais a saída dos animais confinados.


Durante todo o ano o contrato de outubro foi o que apresentou prêmios exagerados frente a todos os demais vencimentos, o que configurou uma ótima oportunidade de hedge, já que a realidade de preços no mercado físico de hoje nem de longe se aproxima do que outubro precificou nos últimos meses. Agora o foco altista do mercado se transferiu para o contrato de novembro, que vem abrindo ágio frente a outubro, que se encontra hoje em R$2,10/@ na máxima do ano, como pode ser observado no gráfico abaixo.


Essa alta de novembro (e dezembro também) frente ao out/12 se apoia na hipótese de que a concentração dos confinamentos é maior mesmo em outubro e que a partir de meados de novembro a falta de animais se acentuará proporcionando altas mais fortes que ainda não foram vistas nessa entressafra. Se essa realidade vai se concretizar no mercado físico, ou se essa está sendo mais uma oportunidade de hedge para os pecuaristas o tempo dirá. Até o momento o mercado físico não confirmou nenhuma precificação com ágio do mercado futuro neste ano, vamos ver se neste caso será diferente. 




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