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Scot Consultoria

Volatilidade em Alta


Quinta-feira, 2 de agosto de 2012 - 17h52

O mercado físico permanece na mesma toada que vinha nos últimos tempos, ou seja, com boa oferta, escalas longas e, aos poucos, preços mais baixos no mercado. No dia 1/8 o Índice Esalq à vista fez a sua mínima do ano a R$89,20/@, ou 11,50% abaixo do preço do início do ano. Para surpresa de todos a safra de boi gordo vai se alongando para agosto e o acúmulo de bois de pasto e bois de confinamento vai forçando preços mais baixos e dificultando a vida do produtor.


O mercado futuro vinha numa tendência firme de recuperação, saindo das mínimas ao redor de R$94,00/@ para o novo teto, ao redor de R$98,00/@. Teto esse que não conseguiu ser rompido diante da situação ruim do mercado físico. Usando como base o fechamento de 1/8 do out, a R$98,21/@, o carrego entre o ESALQ e o out era de mais de 10%, em apenas 90 dias, o que, na prática, colocou um freio na alta do outubro. Até o meio dia do pregão do 2/8 o out era negociado ao redor de R$97,00/@, depois de fazer mínima a R$96,60/@, sem dar maior continuidade ao movimento de baixa.


O que vem chamando a atenção no mercado ultimamente é a alta da volatilidade do contrato de out/12 (figura 1). A alta da volatilidade tem encarecido o preço das opções, mas não tem afetado sua demanda, especialmente as opções de compra, que têm tido volumes significativos de negócios. A opção de compra de vencimento out/12 e nível R$105,00/@ tem sido negociada ao redor de R$0,50/@, sendo essa a segunda opção com maior número de contratos em aberto, com 3.326, atrás apenas da opção de compra de nível R$110,00, com 4.459 contratos em aberto. Essa última, porém, não tem sido muito negociada ultimamente.


O mercado futuro vinha tentando com todas as forças "engatar" uma trajetória de alta, na esteira da alta do milho e da recuperação das proteínas concorrentes, como frango e suíno. Porém, a situação do mercado físico não permite altas mais significativas no curto prazo. Nem mesmo os bons números de exportação de julho, divulgados ontem, com o volume de carne in natura exportado 26% acima de julho/11, foram suficientes para manter a alta do mercado.


A expectativa geral é ainda de uma recuperação, uma vez que a pressão somada de animais de pasto e de confinamento se dissipe, inclusive com possibilidades de altas consistentes e rápidas no mercado físico (talvez o grande interesse de compra na call de R$105,00 para out seja reflexo disso). Porém, quanto mais tempo passa sem que o mercado físico inicie essa recuperação, mais os comprados vão perdendo o ânimo...




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