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Scot Consultoria

Mercado futuro na semana


Quinta-feira, 12 de abril de 2012 - 17h17

Desde o início de abril, o mercado físico vem operando em alta, com uma sensível redução na oferta de animais prontos e uma melhora na venda de carne, o que fez o Indicador Esalq à vista subir praticamente 2 reais desde o inicio do mês, para os atuais R$96,93/@.


O mercado futuro já vinha precificando essa alta, com o contrato de abr/12 operando acima do físico durante todo o mês de abril, chegando a ser cotado na máxima em R$97,20/@ no dia 4/4. Ocorre que fora de São Paulo, os pagamentos mais altos encontraram um volume suficiente de oferta, colocando um teto nas cotações, sobretudo com os bons volumes ofertados ao redor dos R$90,00/@, à vista, no Mato Grosso do Sul.


Esse "teto temporário"  estabelecido  pela oferta no Mato Grosso do Sul foi o sinal para o mercado futuro inverter a tendência firme de alta em que vinha operando até então e operar em queda no pregão de 11/4, recuando por volta de R$0,50/@ para os vencimentos da safra e R$0,70/@ para o out/12.


Um fato interessante que vem ocorrendo nesta safra, que não foi realidade nos últimos anos e já vínhamos chamando a atenção neste espaço, foi o ágio que o mercado futuro vem trabalhando. Tanto para os meses mais curtos como para a entressafra. A maior oferta de animais em março, devido principalmente a problemas climáticos no Centro-Oeste, e ao abate de fêmeas vazias da estação de monta, fez com que o mercado operasse como se a safra tivesse terminado ali, precificando uma curva de preços em alta desde então.


Observe na figura 1 como a partir de meados de março o diferencial de preços entre maio e abril se inverte de -0,90 para +0,60, numa situação até então inédita do contrato de maio, acima dos demais meses do início da safra.


Desde sua máxima a +0,60 em meados de março, esse spread vem aos poucos fechando, cotado atualmente praticamente a 0, com o mercado precificando a possibilidade de que ainda podemos ter um "restinho" de safra pela frente.


Independente da maior pressão de venda ocorrida em março, não é prudente apostar que a safra tenha acabado aí. Sobretudo porque fatores climáticos como quedas de temperatura e falta de chuvas podem comprometer sobremaneira a capacidade de suporte das pastagens, dificultando a retenção de animais nos pastos e causando a famosa pressão baixista de final de safra. Nada indica que este ano possa ser diferente. 



 



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