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Scot Consultoria

Repetição de 2010?


Quinta-feira, 10 de novembro de 2011 - 17h11

Com a alta explosiva do Índice Esalq nos primeiros dias de novembro, muitas pessoas já começam a questionar se existe a possibilidade de uma repetição do cenário de outubro e novembro de 2010, apesar de o ambiente macroeconômico do Brasil e do mundo serem bastante diferentes do que predominava em 2010. Quando se analisa apenas os números há coincidências que justificam tal pensamento. Como pode ser observado empiricamente no gráficos ao lado, as trajetórias são bastante próximas, com um período de um mês de baixa volatilidade (alta de 0,98% em setembro de 2010 e de 1,15% em outubro de 2011), seguido imediatamente após a virada do mês por uma alta explosiva, que no caso de outubro de 2010 foi de 20,38%, ou aproximadamente 1% ao dia, e que agora em 2011 até o dia 09/11 é de 4,42% ou 0,74% ao dia. Além desta trajetória parecida, o comportamento da carne no atacado também guarda alguma semelhança entre os dois períodos, com a margem da indústria medida de forma simplificada pela diferença entre o valor do “Boi Equivalente” divulgado diariamente pelo CEPEA e o Índice ESALQ à vista melhorando em relação à média do ano. Em outubro de 2010, mesmo com toda a alta, a diferença de preço entre o boi e a carne com osso foi de apenas 3,77% contra uma média do ano de 5,17%, já em 2011, até agora em novembro após a alta a diferença está em 3,64% contra uma média de 6,84% no ano. O preço da arroba em dólares é outro fator coincidente entre os anos, com a média de outubro de 2010 em US$59,72 e US$59,00, em novembro de 2011. É claro que da mesma forma podemos enumerar algumas grandes diferenças entre os anos. Existe também o argumento de que em momentos de fortes altas como agora, os primeiros movimentos tendem a ser semelhantes e ainda é muito cedo para traçar qualquer paralelo entre os períodos por estarmos no início do movimento atual. Mas é prudente sempre ter em mente a magnitude da alta do ano passado como um exemplo de até onde tais movimentos podem ir, e que ficar “tentando achar o topo” da alta vendendo mercado futuro pode ser uma experiência bastante ruim. Uma outra importante lição de 2010, que vale a pena ser relembrada em 2011, é que em períodos de baixa volatilidade, a estratégia mais correta é aproveitar o valor menor dos prêmios e ir comprando opções baratas, que podem trazer bons retornos em momentos como o atual, quando a incerteza da direção dos preços é substancialmente maior do que a normal do mercado.
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