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Scot Consultoria

O mercado futuro e suas distorções...


Quinta-feira, 7 de julho de 2011 - 15h47

Para quem acompanha o mercado futuro diariamente é muito comum ficar tão focado na variação apenas de algum vencimento específico e com isso deixar passar oportunidades de arbitragem entre vencimentos, ou o famoso “spread,” que podem gerar distorções tão ou mais importantes do que as distorções de algum contrato específico frente ao mercado físico. Um bom exemplo de como a precificação relativa entre vencimentos varia enormemente é o spread atual entre set/11 e out/11, que, pelo ajuste do dia 6/7 passou cotado a R$2,53, ou seja, precificando uma alta de R$2,53 ou aproximadamente 2,50% em 30 dias. Esse mesmo spread chegou a estar em 0,05 no final de maio. O spread maio x out foi liquidado no vencimento do contrato de maio a R$2,53, ou seja, há pouco mais de um mês o mercado futuro precificava toda a alta da entressafra em relação à safra na mesma magnitude da alta atual do contrato de out/11 sobre o de set/11. * Com certeza umas dessas duas precificações representa uma enorme distorção. Ainda analisando os diferencias entre os vencimentos na curva atual da entressafra pelos ajustes de ontem (6/7) o julho/11 precifica uma alta de R$1,89 sobre o ESALQ atual, o agosto tem uma alta de R$1,66 sobre julho, setembro alta de R$1,10 sobre agosto e outubro alta de R$2,53 sobre setembro. Ou seja, o vencimento de setembro é o vencimento que tem sido mais depreciado entre os seus pares. Teoricamente essa baixa relativa poderia ser entendida como um maior interesse vendedor nesse vencimento, representando uma maior concentração da saída dos confinamentos, porém, como o número de contratos em aberto é extremamente baixo (apenas 314 contratos), o mais provável é que essa distorção seja causada pela baixa liquidez e, se for esse mesmo o caso, deve ser corrigida ao longo do tempo, representando, portanto, uma boa oportunidade de arbitragem entre vencimentos. Analisando especificamente o contrato de out/11, o movimento de alta continuou no início desta semana e até ganhou força, com out/11 fazendo máxima a R$105,60/@ no pregão de 6/7, porém, não resistindo e fechando em baixa provavelmente com os comprados realizando lucros após a alta praticamente ininterrupta dos R$100,00/@ até acima dos R$105,00/@. Até o meio dia de hoje (7/7) esse contrato ainda operava em baixa, fazendo mínima a R$104,10/@, porém, com as notícias de preços mais altos no mercado físico a tendência se inverteu e ao meio dia de hoje o mercado voltou a operar com leve alta. Não restam muitas dúvidas que estamos definitivamente na entressafra e a curva de preços no mercado físico passa a ser ascendente, resta saber se ela será tão ou mais inclinada do que a representada pela precificação atual dos contratos futuros.
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