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Scot Consultoria

Volatilidade


Quinta-feira, 2 de junho de 2011 - 15h58

Nos últimos 15 dias, os mercados físico e futuro vêm apresentando uma volatilidade exacerbada, que não vinha sendo característica desde o início do ano. Apenas em maio, a queda do indicador à vista foi de 4,95%, saindo de R$103,22/@ em 2/5 para os atuais R$98,11/@. O mercado futuro também acompanhou a tendência de queda, porém, com movimentos muito mais erráticos. O contrato de out/11, que é o de maior liquidez na bolsa e que representa o pico da entressafra, caiu de ao redor de R$105,00/@, no início de maio, para ao redor de R$101,00/@, atualmente, porém, especialmente na última semana sua volatilidade subiu muito, como pode ser observado na figura 1. Desde o dia 15 de maio, incluindo o pregão de hoje (2/6), é a sexta vez que esse contrato vem testar a mínima de R$101,00/@, sem conseguir rompe-la de forma definitiva até então. Até agora após todas essas tentativas frustradas, no pregão do dia seguinte esse contrato acaba subindo forte. Apenas para ilustrar, no pregão de 18/5 foi a primeira vez que esse suporte foi testado, e nos dias 19/5 e 20/5 o mercado subiu forte, chegando a fazer máxima a R$103,94/@ no pregão do dia 20. Em 24/5 novamente o mercado foi testar a mínima de R$101,00/@, novamente falhando e com forte alta nos 2 pregões seguintes, fazendo máxima a R$103,39/@ em 27/5. No pregão de 2/6, novamente essa barreira foi testada, com out fazendo mínima a R$100,85/@ e estando cotado ao redor de R$101,10/@ por volta do meio dia. Será interessante observar se a tendência se manterá nos pregões seguintes. Como se já não bastasse a alta volatilidade até então apresentada pelo mercado, a notícia veiculada na mídia de que a Rússia suspenderia as exportações de carne bovina, suína e de frango dos estados de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul a partir de 15/6 fez com que o ambiente ficasse ainda mais tumultuado, forçando muitos participantes a liquidarem suas posições diante das incertezas geradas pelo fato. A área de Relação com Investidores das Indústrias de Carne Bovina que têm capital aberto enviaram comunicados aos seus acionistas e ao mercado em geral afirmando que a produção destinada à Rússia será direcionada a outras unidades fora dos estados com restrições e que, portanto, o impacto líquido em suas exportações será bastante restrito. De qualquer forma ainda estamos na safra e ainda que a maioria dos analistas concorde que o volume de animais disponíveis para abate seja restrito, é possível que os patamares de R$95,00/@ à vista em São Paulo, e de R$90,00/@ no MS sejam testados, caso esses patamares resistam, isso seria um sinal bastante positivo para a evolução dos preços desse início de entressafra.
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