• Sexta-feira, 26 de abril de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Mercado físico e futuro para baixo


Sexta-feira, 6 de maio de 2011 - 09h11

Com alguns meses de atraso, finalmente a safra começa a dar as caras no mercado pecuário. A chegada do frio, diminuição de chuvas, consequente perda na qualidade das pastagens e diminuição da capacidade de suporte, desencadeou um aumento da pressão vendedora que fez com que os preços do mercado físico recuassem para as mínimas do ano. O Índice ESALQ à vista, após passar grande parte do ano entre R$104,00/@ e R$105,00/@, recuou forte nos últimos 10 dias, cotado na mínima do ano em R$101,85/@, equivalente à R$99,50/@, à vista, livre de funrural, em São Paulo, rompendo portanto a importante barreira dos R$100,00/@, sem fazer muita cerimônia, pelo menos até agora. O mercado futuro antecipou e acompanhou toda essa queda, com o contrato de maio recuando da sua máxima a R$103,70/@, no último dia 20 de abril, para os atuais R$99,76/@ do ajuste do dia 4/5. A curva atual de preços futuros mantém a arroba precificada abaixo de R$100,00, livre de funrural, em São Paulo, até agosto, que fechou o dia 4/5 cotado a R$102,55/@ ou R$100,19/@, à vista, livre de funrural. O contrato de outubro também acompanhou de perto a queda do maio, fechando em R$103,82/@ (4/5). Caso alguém estivesse acompanhando a movimentação do pregão neste dia, com o mai/11 fazendo mínima a R$98,89/@ e out/11 fazendo mínima a R$103,11/@, com um bom volume de contratos negociados, seria muito razoável imaginar que toda esta queda poderia ser causada por um forte movimento de “stop loss” das posições compradas, o que implicaria em uma diminuição do número de contratos em aberto ao final do dia. Não foi o que aconteceu. Tanto maio quanto outubro, tiveram aumento nas posições em aberto no final do dia, de 446 no maio e 406 no outubro. É interessante também notar que a queda nos preços no mercado físico até agora não foi acompanhada de um grande aumento das escalas de abate, e com volume de compras nos preços mais baixos que dê mais fôlego ao movimento. De qualquer forma o consumo de carne no mercado interno tem deixado a desejar, e as exportações com o dólar abaixo dos R$1,60 também não são fatores altistas, o que é um fator a mais para que a pressão por preços menores seja grande. É natural e até certo ponto esperado, que com a chegada do frio e da seca a oferta de animais prontos para o abate aumente em relação ao que tivemos até agora. Resta saber se esta pressão será forte o suficiente para derrubar os preços abaixo do que já está precificado no mercado futuro atualmente.
<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja