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Spread maio x out na mínima histórica


Sexta-feira, 15 de abril de 2011 - 15h19

O mercado físico de boi gordo passou a última semana com preços praticamente inalterados, com o Índice ESALQ à vista apresentando queda de apenas R$0,17/@ nos últimos 7 dias, para os atuais R$104,06/@, equivalente a R$101,66 à vista no físico em São Paulo. Mais impressionante do que a estabilidade no Indicador à vista foi a estabilidade nas mínimas e máximas à vista e a prazo levantadas pelo CEPEA, que não apresentaram nenhuma variação relevante na semana, com as mínimas à vista e a prazo a R$103,16/@ (R$100,79/@ livre) e R$104,40/@ (R$102,00/@ livre) e as máximas à vista e a prazo também ficaram estáveis a R$105,39/@ (R$102,97/@ livre) e R$106,45/@ (R$104,00/@ livre). Essa falta de movimentação no mercado físico se reflete na negociação dos futuros, que vêm apresentando volume de negócios bastante baixo nos últimos dias. Porém, mesmo com volumes baixos a movimentação dos contratos futuros foi na direção da alta de preços. A dificuldade de se conseguir impor preços mais baixos no físico reforça a cada dia mais a percepção de que a barreira dos R$100,00/@, livre, à vista, em São Paulo está difícil de ser rompida. Dessa forma, maio, que era cotado ao redor de R$101,00/@, equivalente a R$98,67/@, à vista, subiu 1 real na semana, chegando a ser cotado pouco acima de R$102,00/@ se aproximando, portanto, dos R$100,00, à vista em SP, considerado por muitos como o possível piso para a safra. A alta do vencimento de maio acabou acarretando o estreitamento ainda maior do spread maio x out, que chegou a sua mínima histórica no dia 8/4 a R$3,61, ou 3,60% no período. Um resumo desde 2005, com os parâmetros de média, mínima, máxima, valor do spread na liquidação do maio e valor real do spread (ESALQ de out – ESALQ de maio) estão apresentados na figura 1. É interessante notar a tendência de estreitamento desse spread nas negociações no mercado futuro nos últimos anos, com mínimas, máximas e médias cada vez menores, porém, esse pessimismo não se refletiu no valor efetivo do diferencial considerando-se os valores de liquidação de maio e outubro de cada ano. Outro fator que chama a atenção é que na única vez que esse spread passou abaixo de 10% que foi em 2010, o desincentivo ao confinamento grande e os preços literalmente explodiram na entressafra, com 2010 sendo o ano dos extremos e o valor efetivo do diferencial sendo o mais alto da história. Este ano vai caminhando com a expectativa bastante pessimista de preços para o mercado futuro sendo mantida, resta saber se essa expectativa terá impacto na decisão dos confinadores que, provavelmente, já estão com a sua estratégia de 2011 bem próxima da definição.
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