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Scot Consultoria

Qual preço está fora do lugar?


Sexta-feira, 11 de março de 2011 - 17h21

O mercado físico continua desafiando o calendário e a oferta teima em permanecer restrita mesmo durante a safra. O índice ESALQ voltou a subir forte na sexta-feira, fechando a semana antes do carnaval a R$105,51/@ e se aproximando da cotação máxima do ano, de R$105,67/@, em 25/2. De qualquer forma, o fato é que as escalas teimam em não aumentar, o que vem deixando a situação dos frigoríficos mais difícil, já que a carne não vem acompanhando a alta dos preços do boi. Para fazermos uma conta bastante simples, a média de diferença de preços entre o Índice ESALQ à vista e o Equivalente Boi, divulgados pelo CEPEA, está atualmente ao redor de -8%. A média do ano passado foi de -5,17% (quanto menor a diferença, melhor para a indústria, que paga uma maior parte do boi apenas com a receita apurada na carne). Logicamente essa métrica não leva em consideração a receita com os subprodutos do boi, nem a receita de exportações e muito menos o custo da capacidade de abate ociosa, mas de qualquer forma é um indicador relativamente simples que mostra que a situação atual no mercado interno é pior do que a média do ano passado. As reclamações de dificuldades de repasse de preços pela indústria são recorrentes e, ainda mais agora na quaresma, não seria prudente contar com um repique da demanda por carne bovina no mercado interno. O fato é que a oferta não aumenta e, aos trancos e barrancos, o mercado vai se mantendo em patamares bastante elevados durante a safra. Em relação ao mercado futuro, na sexta-feira véspera de carnaval, com o mercado bastante vazio, os preços caíram forte, com maio fazendo a mínima a R$99,00/@ e out/11 fazendo mínima a R$104,00/@. O spread maio x out continua estreitando, estando cotado atualmente em sua mínima do ano a 4,68, conforme a figura 1. Diante disso, voltamos à pergunta do início do texto: qual dos preços (se é que algum deles) está fora do lugar? Os do curto prazo, com o mercado subindo em plena safra, os de maio ou os de outubro, que precificam um carrego de safra para entressafra de apenas 4,60%? Tendo a história como base, não é comum a entressafra (representada pelo outubro) estar cotada abaixo do Índice ESALQ de começo de março, portanto teoricamente um desses dois teria algum potencial de correção...
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