Mercado futuro na semana

A pressão de baixa no mercado físico, se não foi suficiente para desencadear uma queda mais sustentada nos preços, pelo menos conseguiu impedir que as cotações subissem. Mesmo diante de uma oferta de bois apenas razoável, sem pressão nenhuma da ponta vendedora, as dificuldades com o escoamento da carne no mercado interno, principalmente o traseiro, fizeram com que a maioria dos frigoríficos optasse por reduzir os abates a subir os preços pagos ao produtor, o que acabou resultando em uma acomodação de preços, na maioria das vezes entre R$100,00/@ e R$101,00/@, à vista, em São Paulo, e ao redor de R$95,00/@, à vista, no Mato Grosso do Sul. O Índice ESALQ à vista, que fechou a semana a R$103,70/@, caiu 1 real na segunda, dia 24/1, precificando o primeiro dia da série de 5 para liquidação do contrato de jan/11 a R$102,70/@ e surpreendendo boa parte do mercado, que precificava o contrato de janeiro a R$103,62/@. * A semana dos mercados futuros acabou sendo encurtada pelo feriado de 25/1 em São Paulo, o que fez com que o volume de negócios fosse ainda mais reduzido na semana. A atividade nos contratos mais longos, notadamente mai/11 e out/11 ainda tem sido bastante tímida, com o mercado dando mais atenção aos contratos de vencimento mais curtos, de jan/11 e fev/11, porém, eles tem se mantido sistematicamente acima de R$95,00/@ no mai/11 e 101,00/@ no out/11, sustentando, portanto, a correção altista ocorrida na semana passada e mantendo o spread out/11 – mai/11 acima de R$6,00/@, indicando um carrego ao redor de 6,31% entre a safra e a entressafra de 2011. A julgar pelo comportamento de preços no mercado físico, ainda não será em janeiro que os preços romperão de vez abaixo da barreira dos R$100,00/@, à vista, em São Paulo. Porém, mais uma vez, a exemplo do que aconteceu nos meses de dez/10 e jan/11 o mercado futuro já precifica esse rompimento. Depois de fazer a máxima do contrato de fev/11 a R$101,70/@ no dia 26/1 esse vencimento recuou e opera atualmente a R$100,70/@, precificando, portanto, uma média de preços em São Paulo ao redor de R$98,40/@, à vista, no final de fevereiro. Interessante notar que a atual estrutura da curva de preços no mercado futuro precifica que após esse “rompimento” os preços não mais voltarão acima de R$100,00/@ em São Paulo, já que o contrato de out/11, que tem hoje a maior cotação da bolsa, está em R$102,00/@ ou R$99,65/@, livre, à vista.
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