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Scot Consultoria

Mercado futuro na semana


Quinta-feira, 25 de novembro de 2010 - 15h49

Na semana passada falávamos neste espaço sobre a volatilidade impressionante que os mercados futuro e físico de boi gordo vêm apresentando. A situação permanece a mesma, com a volatilidade dos futuros sendo impulsionada pela própria volatilidade do Indicador à vista. Na sexta passada, dia 19/11, o Indicador à vista fechou com queda de R$1,75, cotado em R$110,53. Na segunda, dia 22/11 subiu R$2,57 e fechou em R$113,10, para voltar na quarta, dia 24/11 a R$110,46, praticamente a mesma cotação da sexta anterior. A volatilidade do indicador foi maior até mesmo do que a do próprio mercado futuro, cujo contrato de novembro oscilou menos de R$2,00 entre os fechamentos do dia 19/11 e 24/11. Toda essa volatilidade e movimentação errática do indicador têm afastado alguns participantes do mercado. A média de negócios na semana passada foi de 11.600 contratos/dia e a média dessa semana é de apenas 7.560 contratos/dia e extremamente concentrados nos vencimentos de novembro e dezembro de 2010. Independentemente da volatilidade, o fato é que após fazer sua máxima a R$117,18 no dia 11/11, os preços vieram em queda e retomaram o patamar ao redor dos R$110,00, com grande pressão por preços mais baixos por parte da indústria. Mesmo não existindo excesso de oferta no momento, para aproveitar os preços ainda remuneradores, muitos pecuaristas têm optado pela venda o que coloca certa pressão no mercado. A questão principal que se coloca diante do mercado agora é se a pressão por preços mais baixos conseguirá realmente surtir efeito e trazer as cotações em São Paulo novamente abaixo dos R$100,00 no curto prazo. A julgar pela movimentação atual, o mercado futuro acredita em maiores quedas até dezembro. O contrato de novembro está cotado ao meio dia de 25/11 em R$108,15/@. Com um dia de média do ESALQ já definido a R$110,46, essa cotação de novembro de 2010 precifica uma queda média de mais R$1,15 por dia até o dia 30/11. Para o fim do ano o pessimismo continua, com o contrato de dezembro de 2010 caindo R$3,00 ao meio dia de 25/11 cotado a R$98,37. Com a divulgação semanal da posição dos participantes pela BVM&F, que ocorre às sextas feiras, podemos constatar que a pressão vendedora na semana passada foi praticamente toda ela devido à liquidação de posição comprada de Pessoa Física, que foi o único vendedor líquido na semana, liquidando 5.983 compras. Toda essa pressão vendedora trouxe os contratos de novembro e dezembro de 2010 para as mínimas de R$103,10 e R$94,80/@ no dia 19/11, sendo que nesse mesmo pregão durante o dia o movimento inverteu para alta e fecharam no limite de alta a R$99,50 e R$107,55 respectivamente. Atualmente, Pessoa Física ainda é o maior comprado do mercado, com 42,50% de toda a posição comprada e posição líquida comprada em 4.000 lotes. Caso o mercado continue cedendo à pressão por preços menores, uma nova rodada de liquidação de compras por parte desse participante pode exagerar possíveis quedas, como aconteceu na semana passada. De qualquer forma, a alta volatilidade continua sendo a tendência para o curto prazo.
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