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Scot Consultoria

Volatilidade!


Quinta-feira, 18 de novembro de 2010 - 15h25

O mercado futuro de boi gordo na BVM&F vem apresentando uma volatilidade impressionante nos últimos dias. Após ter dois limites de baixa seguidos na semana passada, trazendo os vencimentos de nov/10 e dez/10, respectivamente, de R$116,97/@ e R$113,50/@, para R$102,50/@ e R$99,21/@, o mercado até ensaiou uma recuperação, subindo até R$109,79/@ no nov/10 e R$104,20/@ no dez/10. Toda essa movimentação se deu com o Índice ESALQ à vista oscilando menos de R$3,00, saindo de sua máxima a R$117,18/@ no dia 11/11 para os atuais R$114,17/@, queda de apenas R$3,01 ou 2,56%. A volatilidade do mercado futuro atingiu seu ápice no pregão de 17/11, com os vencimentos de nov/10 e dez/10 abrindo em alta e chegando a subir mais de R$2,00 para, ao longo do dia, reverter a tendência e fecharem em forte queda, com nov/10 chegando a ser negociado no limite de baixa do pregão a R$114,16/@ e o dez/10 fechando novamente com vendedores no limite de baixa a R$98,59/@. Comparando os valores mínimos e máximos negociados no pregão, a oscilação do nov/10 e no dez/10 foi de 5,40% em um único dia. Acompanhe a enorme alta da volatilidade do contrato de nov/10 apresentada na figura 1. A grande diminuição dos contratos em aberto foi provocada por stops dos comprados ou realização de lucro dos vendidos, já que no vencimento de nov/10 houve diminuição de mais de 2.100 posições em aberto no início dessa semana. As principais conseqüências desse enorme aumento de volatilidade para os participantes são o aumento da margem de garantia exigida pela BM&F para operações no mercado futuro e o grande aumento dos preços das opções negociadas, que tem na volatilidade histórica um importante componente do preço. A conseqüência positiva desse aumento na volatilidade é que com isso aumenta também a possibilidade de distorções de preços, já que o mercado passa a ser dominado menos pelos fundamentos e muito mais pelo nervosismo momentâneo dos participantes. Um bom exemplo disso é a precificação do contrato de nov/10, que fechou o pregão de 17/11 cotado em R$104,79/@ ou R$9,38 abaixo do indicador à vista do dia 17/11, que ficou em R$114,17/@, enquanto o spread de nov/10 x dez/10 passou cotado em sua máxima histórica em R$6,20, precificando, portanto, uma queda em um mês menor do que a esperada para 9 dias. Apenas para se ter uma idéia, essa queda de nov/10 equivale ao Índice ESALQ à vista caindo ininterruptamente R$1,34/dia todos os dias até o dia 30/11. Historicamente é uma queda extremamente grande para o curto período de tempo e embora esteja longe de ser impossível, é, no mínimo, improvável.
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