• Sexta-feira, 26 de abril de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Mercado continua firme


Quinta-feira, 9 de setembro de 2010 - 16h01

Mesmo após um certo “alívio” e alongamento de escalas causado pelo feriado de 7 de setembro, os preços no mercado físico de São Paulo continuam extremamente firmes e sem expectativa de reversão no curto prazo. O Indicador ESALQ à vista, que fechou a última semana cotado em R$92,58/@, subiu mais R$0,68/@ e está cotado atualmente em R$93,26/@ (9/9). A situação de oferta bastante escassa e preços em alta permanece sem alteração e preços mais altos têm sido reportados quase que diariamente. Interessante notar que os preços máximos à vista e a prazo captados pelo CEPEA no dia 8/9 estão em R$95,11/@ (R$92,92/@ livre) e R$95,19/@ (R$93,00/@ livre), indicando um apetite grande por parte dos frigoríficos menores, que muitas vezes pagam à vista o valor indicado a prazo pelos frigoríficos maiores. Com a grande diminuição de abates pela falta de oferta e conseqüente enxugamento de estoques, a carne no mercado interno tem trabalhado em alta e, mesmo frente à enorme concorrência da carne de frango, tem conseguido se manter em preços mais altos, com alguns players reportando negócios com o traseiro a R$7,25/Kg, próximo das máximas históricas deste corte. Apenas a título de comparação, na última vez que tivemos o Índice ESALQ à vista cotado acima de R$93,00/@, em junho de 2008, tínhamos um equivalente boi (valor apurado com a venda da carne) ao redor de R$83,00/@. Hoje temos um ESALQ à vista de R$93,26/@ contra um equivalente boi de R$89,07/@, situação, portanto, menos desconfortável do que a observada em junho de 2008. Pela média desde 2006, essa defasagem entre o valor da carne no mercado interno e o valor da @ do boi tem média de 7,70%, com mínima em -1,64% e máxima em 17,66%. Atualmente está em 4,50%. No mercado interno, apesar do dólar em patamares ruins para a indústria e a @ caminhando para US$55,00, as exportações têm sido relativamente boas, com os dados da primeira semana de setembro indicando alta de 7% em volume sobre os valores de agosto e alta de 27% sobre os valores de 2009. Diante deste cenário, o mercado futuro não tem tido espaço para quedas, mas também não tem tido fôlego para alcançar patamares mais altos. A máxima no contrato de out/10 até o meio dia de 9/9 permanece nos mesmos R$93,40/@ alcançados na semana anterior, no dia 2/9, e esse contrato, que vinha apenas acompanhando a evolução do Índice ESALQ à vista, começa a dar sinais que pode ficar para trás, já que o diferencial set/10 – out/10 se inverteu e atualmente opera com out/10 ao redor de R$0,20 abaixo de set/10, refletindo a expectativa do mercado de que uma possível maior oferta de animais confinados em outubro pode ajudar a diminuir o cenário de alta. Aliás, a precificação do último trimestre do ano é interessante, com out/10 e dez/10 sendo negociados por valores bastante próximos, e nov/10 geralmente R$1,00/@ acima dos dois, indicando que o mercado espera os preços máximos para novembro deste ano. Ademais, o mercado futuro retomou a sua força, com bons volumes negociados diariamente, atraindo a atenção de novos players, aumentando o número de contratos em aberto e retomando sua posição de destaque nos mercados futuros de commodities no Brasil, o que, por si só, independente da evolução dos preços, é uma excelente notícia para produtores, frigoríficos e especuladores, já que a boa liquidez é fundamental para a implementação das estratégias de gestão de riscos ou especulativas dos participantes.
<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja