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Scot Consultoria

Mercado futuro na semana


Quinta-feira, 2 de setembro de 2010 - 16h42

Após a virada do mês e a liquidação do contrato de ago/10 pela média das últimas 5 cotações do Índice ESALQ à vista em agosto, em R$92,01/@, a realidade do mercado físico permanece a mesma, ou seja, com oferta escassa, escalas curtas e extrema dificuldade de compra de bois gordos. Alguns frigoríficos já reportam uma participação maior de animais de cocho nas escalas, porém, ainda insuficiente para aliviar a situação da maior parte das plantas. Nesse cenário, o mercado futuro segue firme e forte em sua trajetória de alta, com out/10 atingindo sua máxima do ano logo na abertura do pregão do dia 2/9, em R$93,40/@. Mesmo com algumas pequenas correções intradiárias, o contrato de out/10 permanece sobrecomprado, com um Índice de Força Relativa (IFR) ao redor de 75, situação essa, que perdura já há mais de uma semana, desde a última correção no dia 25/8 quando o out/10 caiu quase R$1,00/@ e fechou cotado em R$90,80/@. De qualquer forma, sem uma oferta maior de bois no mercado físico que aumente de forma significativa as escalas de abate, é pouco provável que ocorram no curto prazo correções mais significativas no mercado futuro. De qualquer forma, em mercados sobrecomprados há tanto tempo, como é o mercado futuro de boi hoje, todo cuidado é pouco. O movimento do pregão de 2/9 foi bastante emblemático, do quão volátil um mercado nessas condições pode ser. Depois de abrir em alta de mais de R$0,50/@, fazendo a máxima já na abertura do dia, bastaram alguns rumores mais variados circularem nas mesas de operações para que o mercado invertesse rapidamente a tendência e caísse forte, passando a operar em baixa, com out/10 fazendo mínima em R$92,50/@. Em ocasiões como essa, a movimentação acaba sendo tão grande e, no menor sinal de dúvida, a ordem passa a ser “realizar o lucro (vendendo) primeiro e perguntar depois”. A alta de preço da arroba do boi gordo no ano de 2010 vem sendo impressionante e a cada dia atinge patamares que pouquíssimos players achavam possíveis. Desde o início do ano o Índice ESALQ à vista teve alta de 21%, contra uma inflação medida pelo IGPM de 6,67% no ano até agora. A principal carne concorrente do bovino no mercado interno, o frango, teve queda de 4,26% no mesmo período e, por mais que com o aumento da renda da população, a elasticidade da demanda por carne bovina tenha se alterado, é bem provável que o efeito de substituição ainda seja bastante importante. Com a arroba subindo, também pela primeira vez no ano, acima de US$50,00 (U$53,17, pelo fechamento de 1/9) é possível que nossa competitividade no mercado interno tenha diminuído, de modo que o mais prudente agora talvez não seja tentar achar exatamente a máxima do mercado, mas sim aproveitar um preço que já é bastante interessante.
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