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Scot Consultoria

Mercado futuro na semana


Quinta-feira, 27 de maio de 2010 - 16h24

Com a resistência dos pecuaristas em vender nos patamares mais baixos, os preços no mercado físico tiveram uma grande sustentação na semana, o Indicador ESALQ à vista refletiu essa realidade subindo quase R$1,00/@, dos R$80,22/@, do dia 19/05, para os atuais R$81,20/@. Com isso, o mercado futuro conseguiu se sustentar em alta por toda a semana, com o contrato de out/10 fazendo máxima de R$85,95/@ no pregão do dia 26/05. A boa surpresa da semana ficou por conta da carne no atacado que, após seguidas quedas, reagiu forte, com traseiro subindo 1,31%, ponta de agulha subindo 3,36% e o dianteiro valorizando impressionantes 5,52% no dia 26/05, pelos dados levantados pelo CEPEA. A cotação do dianteiro, após a alta, retomou o patamar de R$4,06/kg do início do mês. Nesse corte específico, essa alta corrigiu em um único dia a queda de 21 dias no atacado. Essa conjuntura favorável fez o mercado futuro operar em alta para todos os vencimentos, porém, sem ter força para fazer o contrato de outubro romper a barreira dos R$86,00/@. Aliás, já vai completar dois meses que o contrato de outubro se encontra “travado” entre os patamares de R$84,00/@ e R$86,00/@, tendo por algumas vezes sido negociado abaixo de R$84,00/@, mas sem nunca ter tido força para operar abaixo de R$83,50/@, nem acima de R$86,00/@. Essa trajetória mais estável do contrato de outubro é bem representada pelo IFR – Índice de Força Relativa, que está também travado entre 40 e 60 há mais de dois meses, como pode ser observado na figura 1. IFR é a abreviação de Índice de Força relativa que, através de uma série de fórmulas matemáticas, expressa em uma escala de 0 a 100, a força de um movimento de alta ou de baixa de preços. Muito simplificadamente, quando o IFR está abaixo de 30, significa que o mercado está “sobre vendido”, ou seja, o mercado caiu demais e o movimento de queda tende a perder força a partir desse patamar. Da mesma forma, quando o IFR está acima de 70, diz-se que o mercado está “sobre comprado” ou subiu demais e é uma indicação que o movimento de alta tende a perder força. Se o IFR estiver entre 30 e 70 ele não é um indicador tão “confiável” da manutenção, ou não, da força de um movimento. Como pode ser observado no gráfico, a última vez que o IFR do contrato de outubro ficou sobrecomprado foi no final de março, quando o out/10 se aproximava dos R$89,00/@, quando o mercado inverteu a tendência e iniciou a trajetória de queda. Em 2010 o IFR não indicou nenhuma vez o mercado sobre vendido. Atualmente, com esse movimento errático de sobe e desce do out/10 sem dar continuidade a nenhuma tendência, o IFR não é um bom indicador, porém, se em algum momento esse contrato engatar uma tendência mais bem definida e prolongada, é interessante acompanhar sua evolução para ter indicativos sobre a força de continuidade ou não do movimento.
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