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Scot Consultoria

Mercado físico de lado, mas alta volatilidade nos futuros


Quinta-feira, 4 de março de 2010 - 16h32

O mercado físico do boi gordo em São Paulo tem andado de lado, apesar da oferta ainda restrita de animais para abate e dificuldade de alongar as escalas. O Índice ESALQ à vista rompeu para cima dos R$77,00/@ no dia 19/02 e, depois disso, mesmo com escalas extremamente curtas, não teve força para subir acima de R$77,50, permanecendo nesse intervalo, e atualmente é cotado em R$77,06 com o a prazo em R$77,97/@. A movimentação do mercado futuro, no entanto, foi bem menos monótona, com o contrato de outubro fazendo a máxima recente no dia 26/02 em R$84,30, para depois corrigir até a mínima de R$82,31/@, no pregão do dia 03/03 e agora se recuperar, retomando cotações acima de R$84,00. Toda essa movimentação levou o contrato de outubro, que estava sobrecomprado, com IFR (Índice de Força Relativa) ao redor de 71, a corrigir essa condição, porém com a alta recente, o IFR desse contrato caminha novamente para a condição de sobrecomprado. Como pode ser observado na figura 1, em outras oportunidades em que o contrato ficou sobrecomprado, esse instrumento foi um bom indicador da exaustão ou até reversão da direção do movimento. Nessa movimentação, o diferencial de preços mai/10 x out/10 se alargou novamente, atingindo os 7, representando um carrego ao redor de 10% entre safra e entressafra, ainda abaixo da média histórica, mas já bem melhor do que os 6 das semanas passadas. A má notícia para o setor é o fraco desempenho das vendas no mercado interno, sobretudo nos cortes de maior valor agregado, como os de traseiro, que mesmo no início do mês onde tradicionalmente a demanda é maior, não têm conseguido sustentação nos preços. Fator que ajuda a segurar os preços atuais do boi, mesmo frente a uma oferta ainda restrita. Por enquanto, as apostas do mercado futuro são de alta até o final do mês, com o contrato de março sendo negociado em sua máxima em R$78,00/@, praticamente R$1,00 acima do último índice ESALQ à vista em R$77,06/@. A partir da semana que vem, a demanda por carne no mercado interno tende a ser pior. Aparentemente o mercado futuro se apega em uma maior demanda na exportação e um mercado físico com oferta ainda mais restrita para justificar essa expectativa.
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