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Scot Consultoria

Mercado firme


Quinta-feira, 21 de janeiro de 2010 - 16h06

No mês de janeiro, como já era esperado, a venda de carnes teve desempenho bastante inferior a dezembro, o que trouxe consigo quedas de preço no atacado. O traseiro recuou 9% (de R$6,70/Kg para R$6,10/Kg) desde o começo do ano e o dianteiro caiu 5% (R$3,50kg para R$3,33/kg). Interessante notar que essas quedas não foram acompanhadas pelos preços do boi gordo, como geralmente ocorre. O Índice ESALQ à vista cedeu apenas 1,6% desde o início de janeiro (de R$76,79/@ para R$75,54/@). Essa relativa firmeza dos preços do boi gordo, com pecuaristas vendendo apenas compassadamente, não permitindo grande alongamento de escalas, refletiu nos mercados futuros e o contrato de janeiro, que fez mínima de R$73,40/@ no início do mês, se recuperou bastante, sendo cotado em R$75,40/@ ao meio dia de 21/01. A mudança de ânimo também pode ser notada no diferencial jan10 – fev10, que precificava uma queda de quase R$1,00/@ do fevereiro em relação ao janeiro e atualmente esses dois contratos estão no mesmo valor, indicando expectativa de estabilidade de preços até final de fevereiro. Esta recente movimentação de alta no mercado futuro fez o contrato de outubro, que se encontrava com uma enorme resistência para romper os R$80,00/@, finalmente ser negociado acima desse nível, chegando na máxima recente de R$80,31/@, como pode ser observado na figura 1. Esse rompimento, embora ainda bastante tímido e com baixo volume, não deixa de ser digno de nota, já que há muitos participantes aguardando essa barreira ser definitivamente rompida para ampliar ou montar sua posição comprada nesse contrato. Outro destaque na semana foram as negociações com opções de venda para maio/10. Os últimos negócios foram na opção de nível R$71,00/@ a R$0,70/@, na de nível R$72,00/@ a R$1,00/@ e na de nível R$73,00/@ a R$1,45/@. Com o contrato de maio operando em alta, é possível que essas opções sejam negociadas a preços também ligeiramente menores. Como exemplo de uso dessa opção, podemos citar um pecuarista que tem bois de 17@ prontos para venda e que consegue vendê-los no nível do Índice ESALQ à vista de R$75,54/@, conseguindo, portanto, R$1.248,00 por animal. Se ele tiver a opção de segurá-los até maio no pasto e supondo que eles engordem 2@ no período, a opção de venda do maio de nível R$72,00/@ a R$1,00/@ equivale a um preço mínimo de R$71,00/@ em maio, ou R$1.349,00 por animal. Se essa diferença de R$100,00 for suficiente para pagar os custos do carrego dos animais até maio, então a operação faz sentido, já que ele teria 3 meses a mais para aguardar uma relação de troca mais favorável. Ou aproveitar algum momento de alta de preços, já que seu preço mínimo estaria garantido em maio.
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