Mercado futuro na semana

Com a volta dos pecuaristas às vendas após as férias de final de ano, o ritmo dos negócios melhorou e os preços cederam em relação aos praticados no final de 2009. Essa queda, porém, foi bastante tímida, e as tentativas de forçar recuos maiores não obtiveram sucesso, deixando o mercado travado. A mínima do indicador à vista neste ano, até agora, ficou mesmo nos R$74,89/@ do dia 11/01. Com as escalas ainda relativamente curtas, os frigoríficos foram obrigados a ceder e aumentar os pagamentos pela arroba, trazendo o indicador à vista para R$75,21/@, e o a prazo para R$76,84/@, com os preços máximos à vista e a prazo captados subindo R$1,00, para R$78,18/@ e R$78,81/@. O mercado futuro, que precificava uma forte queda do indicador, com o contrato de jan/10 trabalhando com um grande deságio (como chamávamos a atenção na semana passada), se recuperou e subiu forte, com jan/10 sendo negociado ao meio dia de hoje na máxima em R$75,40/@, acima, portanto, do último indicador à vista. Apesar de o volume de negócios ainda estar extremamente concentrado no contrato de jan/10, a estrutura de preços do mercado futuro começa a voltar a se assemelhar com o normal dos últimos anos, ou seja, precificando os contratos com safra e entressafra. A recente alta do contrato de out/10, que chegou a ser negociado em R$80,00/@, fez com que o diferencial de preços do out/10 – mai/10 aumentasse muito, sendo negociado a R$6,00. Esse diferencial, que tradicionalmente representa o carrego safra x entressafra, chegou a ser negociado abaixo de R$3,00 e o valor atual de R$6,00 inicia a correção dessa distorção.
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