Estabilidade

Nos últimos dias, a tônica do mercado foi de sustentação de preços, com escalas mais curtas em relação às últimas semanas. Porém, ainda confortáveis, a ponto de evitar uma alta de preços. Esta realidade do mercado está muito bem representada pelos parâmetros máximos e mínimos à vista e a prazo, captados pelo CEPEA, que estão constantes desde o dia 03/12/2009, respectivamente, em R$76,20 e R$70,40, o máximo e mínimo à vista e R$76,77 e R$73,00, máximo e mínimo a prazo. A única alteração mais relevante ocorreu nos preços do dia 09/12, com a mínima à vista subindo R$1,07 para R$71,48/@, o que colaborou com a alta de R$0,81 no Índice à vista de 09/12 em R$74,06, com o a prazo em R$74,96/@. Essa diferença de R$0,90, ou 1,22%, entre o preço à vista e o a prazo não era tão pequena desde o começo de agosto deste ano. Após a retração das escalas com os preços mais baixos, aparentemente nos preços atuais a oferta e a demanda estão bastante ajustadas, pois, se a oferta diminui nos preços mais baixos, também não há necessidade de pagar preços mais altos para comprar. Muitas pessoas ainda têm como referência o que aconteceu em dezembro de 2008, quando no final do ano os preços, tanto da carne quanto do boi, tiveram altas muito grandes. Mesmo considerando que dezembro é o melhor mês de venda de carne no mercado interno, é preciso ter em mente que o que ocorreu em 2008 foi um fato bastante específico, já que devido à crise mundial, todas as empresas trabalhavam com estoques em nível baixíssimo. Desta forma, como o consumo de carne no final do ano foi melhor do que o esperado, as compras tiveram que ser aceleradas e os preços subiram rápido. Atualmente a realidade é bastante diferente, as expectativas para as vendas do final do ano vinham bastante positivas e dessa forma todas as empresas estão adequadamente estocadas e preparadas para a demanda, de modo que a repetição do cenário do ano passado é improvável. Com o cenário do mercado físico sem muitas novidades, a movimentação do mercado futuro se concentra apenas no giro do contrato de maior liquidez, que é o dez/09. No pregão de 09/12 foram negociados 6.459 lotes no geral, sendo 6.040 no dez/09, com 53,42% dos negócios liquidados no mesmo dia (day trade). Esse tem sido o retrato dos últimos pregões, com os contratos de 2010 ainda sem liquidez relevante e com os índices de day trade acima de 50%, o que é atípico para o mercado de boi gordo. Para 2010, o que tem tido mais movimentação são os contratos de opções. Na última semana ocorreram muitos negócios, com a opção de venda de out/10 de nível 70 sendo negociada ao redor de R$1,05/@, com 483 contratos em aberto; a de nível 72 ao redor de R$1,44/@, com 300 contratos em aberto. Já a opção de compra de out/10 de nível 80 foi negociada ao redor de R$2,60/@, com 1.253 contratos em aberto e a de nível 87 ao redor de R$0,95/@ com 1.100 contratos em aberto. Já para o mês de maio, houve negócios na opção de venda de nível 70 a R$1,40/@.
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