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Scot Consultoria

Índice esalq à vista na mínima do ano


Quinta-feira, 12 de novembro de 2009 - 16h23

A pressão de baixa no mercado físico continua e no dia 11/11/2009, com uma maior concentração de negócios à vista, o Índice Esalq à vista renovou sua mínima para R$74,71/@, com queda de R$0,38/@, enquanto o Índice Esalq a prazo subiu R$0,06/@ para R$76,06/@. Essa aparente incongruência, com preços à vista para um lado e preços a prazo para outro pode ser explicada pela metodologia de cálculo do Índice Esalq à vista. Para cálculo do Índice, são aferidos os preços dos negócios com pagamento a prazo e esse valor é deflacionado pelo CDI do período, representado pelo prazo de pagamento mais a escala de abate. A média ponderada desse valor com os preços dos negócios realizados efetivamente à vista, depois de feitas as ponderações do peso de cada praça pecuária, representa o Índice Esalq à vista que é divulgado diariamente e cuja média dos 5 últimos dias úteis do mês será o valor que liquidará os contratos futuros desse determinado mês. Dessa forma, se em um determinado dia ocorre maior concentração de negócios realizados efetivamente à vista, isso impactará negativamente no Índice, já que a taxa de desconto dos negócios à vista é maior do que simplesmente o valor a prazo deflacionado pelo CDI. Assim, podem ocorrer dias como 11/11, em que o indicador a prazo sobe, mas o indicador à vista cai. O valor de 11/11, de R$74,71/@ à vista é o menor valor desde 12/02/2008. Para efeito de comparação, naquela data tínhamos parâmetros de mercado apresentados na tabela 1. Comparando os dados das diferentes datas, percebemos que em 12/02/2008, o boi/equivalente (preço da @ que o frigorífico apura apenas com a venda da carne) representava 90,5% do Índice Esalq à vista. Hoje esse indicador está em 98,20%, representando, portanto, uma melhora de 8% na margem da indústria no mercado interno em relação àquele período. O Índice à vista em dólares está 1,63% mais caro em comparação com fev/08, como o mercado interno ainda é o destino de 75% das vendas de carne no Brasil, por esses parâmetros é possível inferir que a situação da indústria agora é melhor que em fev/08. Já na pecuária a situação é diferente, a relação de troca, que representa a maior parte dos custos dos invernistas, estava em 2,45 bezerros/boi em fev/08, contra os atuais 2,06, representando uma grande pressão de custo sobre a engorda de bois atualmente. Essa realidade de relação de troca ruim já perdura há um bom tempo e pode ser corrigida pela alta da @, por uma queda dos preços do bezerro e boi magro ou pelos dois fatores juntos. No mercado futuro, houve uma maior atividade nos contratos de mai/10 e out/10, principalmente de spread, sem ainda muita movimentação unidirecional. Esse spread foi negociado entre 3,80 e 3,90, fechando pelo ajustes dos dois contratos em 3,55, ainda num patamar bastante fechado pelos parâmetros históricos.
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