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Scot Consultoria

Mercado futuro na semana


Sexta-feira, 6 de novembro de 2009 - 11h05

Após fazer a mínima do ano em R$75,16/@ na sexta feira, dia 30/10, o índice ESALQ à vista parece ter encontrado um suporte nesse patamar e subiu nos dias subseqüentes, chegando em R$75,97/@ no dia 4/11. Outro fator interessante foi que nos parâmetros captados pelo CEPEA – ESALQ no levantamento de preços em São Paulo no dia 4/11, os preços mínimos à vista e a prazo subiram R$1,03/@ e R$0,74/@ respectivamente, enquanto as máximas à vista e a prazo recuaram R$0,54/@ e R$1,02/@, respectivamente. Indicando uma menor dispersão dos preços ao redor do preço médio de referência. Esses movimentos opostos de preços mínimos e máximos nos parâmetros captados pelo CEPEA não são comuns e podem indicar uma maior resistência de venda nos patamares mais baixos, porém ainda com um volume de gado pronto para abate suficiente para evitar altas de preços. Já na ponta da carne, o mercado interno encontra-se no movimento sazonal de alta de início do mês, com melhor demanda pelos cortes de traseiro e dianteiro e, portanto, preços em alta. No lado dos subprodutos, a demanda também está melhor, com a cotação do couro verde de primeira linha subindo R$0,10/kg, para R$1,10/kg na semana, segundo levantamento da Scot Consultoria. Esse valor representa uma alta de 144% em relação ao preço mais baixo do ano, de R$0,45/Kg registrado em julho passado. Com essa melhora relativa das margens da indústria, um menor volume de animais confinados em novembro, relação de troca ainda em patamares históricos bastante baixos, é de se esperar que a pressão de baixa diminua, podendo haver até mesmo alta nos preços caso o ritmo de venda dos animais terminados não se mostre muito intenso. Além disso, o mês de novembro e, sobretudo dezembro, com as festas de final de ano, são tradicionalmente os melhores meses do ano para venda de carne no mercado interno. O contraponto a essa realidade são as exportações que ainda estão abaixo dos volumes do ano passado e, com o dólar ainda mantendo sua tendência de queda, dificilmente teremos boas notícias nessa parte este ano. Toda essa realidade está precificada nos contratos de nov/09 e dez/09 recuperando das mínimas atingidas na semana passada e cotados ao redor dos R$77,50/@, representando portanto, um ágio de R$1,50/@ para o valor do Índice ESALQ à vista de 4/11. Até agora os preços do mercado futuro indicam que a mínima do ano será mesmo os R$75,16/@ de 30/10, resta saber se o ágio precificado até agora nos contratos de nov/09 e dez/09 refletem adequadamente a realidade do mercado físico atual. Com relação aos contratos de 2010, apesar de já existir uma maior movimentação, o volume de contratos em aberto ainda é bastante inferior ao ano passado. Em 4/11/2008 já existiam 512 contratos de mai/09, 1810 de out/09 e 781 de nov/09, contra apenas 192 de maio/10 e 950 de out/10 atualmente. Os preços futuros ainda não atraem interesse de venda dos hedgers e a movimentação especulativa ainda está pequena, com pouca atuação no spread maio/10 x out/10, que tem saído ao redor de 4, um valor historicamente bastante baixo.
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