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Scot Consultoria

Mercado futuro na semana


Sexta-feira, 9 de outubro de 2009 - 15h40

Após ensaiar uma pequena recuperação de preços no final de setembro, o mercado físico não conseguiu emplacar preços melhores, acabou perdendo a força e trouxe consigo os contratos futuros. A maior intenção de venda dos pecuaristas do Mato Grosso do Sul, a R$75,00/@, foi um fator determinante para colocar um freio na alta em São Paulo. O índice ESALQ à vista estava em R$79,41/@ no dia 05/10, pouco abaixo da máxima recente de R$79,59/@ do dia 30/09, mas perdeu força, recuando para os atuais R$78,70/@ do dia 07/10. Já no mercado futuro, a amplitude de movimentos obviamente foi maior. Como abordamos na semana passada, o contrato de out/09 foi por 3 vezes testar os patamares acima de R$82,50/@ entre 28/09 e 01/10, chegando a ser negociado na máxima a R$82,90/@ em 29/09, porém também não resistiu e recuou forte para os atuais R$79,30/@, pouco acima do Índice ESALQ à vista. A grande disparidade entre realidades de grandes e pequenos frigoríficos em São Paulo voltou a se intensificar. Enquanto os maiores têm escalas mais confortáveis, compostas por animais negociados a termo, confinamento próprio e aquisições no Mato Grosso do Sul, os menores ainda têm dificuldades para alongar as escalas e são obrigados a manter preços mais altos para comprar animais. Pelo menos por enquanto o atacado tem ajudado, com uma melhor demanda de início de mês e os preços do traseiro têm se sustentado por volta dos R$6,40/kg, próximo das máximas recentes. O dianteiro, porém, recuou bastante, com uma pior demanda, sobretudo do mercado externo, recuou para R$3,90 após estar cotado próximo dos R$4,10/kg. Na ponta exportadora, as notícias também não são das melhores. Apesar de os embarques de setembro estarem 6,6% acima dos de agosto em volume e 7,7% acima em faturamento, esses valores são 25% menores em volume e 47% menores em faturamento quando comparados com setembro de 2008. Muito dessa fraqueza das exportações pode ser explicada pelos gráficos abaixo, que mostram a cotação do dólar e o preço da arroba em dólares. Desta forma, as expectativas para o final do contrato de out/09 já vão sendo delineadas até o momento, sem boas expectativas de altas de preços. O que já nos faz voltar a atenção para o ano de 2010. Até o momento não houve muita movimentação nos contratos de 2010. O out/10 tem 508 contratos em aberto e o mai/10, apenas 35. Nesta época em 2008 a situação era parecida, com o out/09 com apenas 1.271 contratos em aberto e o mai/09 com 185, contra os 29.661 do out/08. A expectativa é que a partir de agora a movimentação para 2010 comece a aumentar. Já existem muitos participantes de olho, e quando a liquidez aumentar, com certeza novas oportunidades de hedge surgirão.
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