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Sexta-feira, 2 de outubro de 2009 - 15h55

A situação do mercado físico não mudou muito do que foi abordado aqui na última edição. Ele continua bastante firme, com pouco interesse de venda pelos pecuaristas nos atuais preços e, conseqüentemente, com dificuldades de alongar escalas em todo o Brasil. Apesar da inesperada volatilidade do Índice ESALQ à vista na semana passada, que estava em R$79,20/@ no dia 22/09, cedeu mais de R$1,00, para os R$78,13 do dia 23, para depois subir mais de R$1,00 novamente, voltando para os R$79,17/@, a tendência atual de firmeza dos preços permanece. Como é natural que aconteça, os preços futuros se anteciparam à alta do mercado físico e já precificam os contratos de out/09, nov/09 e dez/09 ao redor de R$82,50, R$83,50 e R$83,50, respectivamente. Até o momento, porém, não tiveram força para subir muito acima desses patamares, como é ilustrado no gráfico do out/09. Como pode ser observado no gráfico, com a dificuldade de o mercado superar esse forte ponto de resistência do contrato de out/09 ao redor de R$82,60/@, os volumes negociados diminuíram significativamente. O IFR (Índice de Força Relativa), que estava em alta, estacionou ao redor dos 60, numa indicação de que, diante da atual realidade do físico, o mercado não espera altas muito maiores para esse contrato. Já para 2010, as expectativas do mercado futuro também não são das mais animadoras. A liquidez tem sido bastante pequena, e existem atualmente 31 contratos em aberto para mai/10 e 374 para out/10. Portanto, a precificação desses contratos pode não ser uma boa indicação das expectativas do mercado. De toda forma, pelo ajuste de 30/09/2009, o diferencial de preços de out/09 e out/10 estava em 2,03% (R$82,72/@ x R$84,40/@), o que representa menos da metade da expectativa de inflação para 2010, atualmente a redor de 4,50%. Essa distorção pode representar uma boa oportunidade para quem quer se proteger da inflação, rolando sua posição comprada de 2009 para 2010, ou simplesmente fazendo uma operação de spread, vendendo out/09 e comprando out/10 para se aproveitar de um possível aumento desse diferencial. Para tentar responder à pergunta do título do texto, os preços das praças de fora de São Paulo, sobretudo Goiás e Mato Grosso do Sul, terão papel preponderante. Os preços do MS já se recuperaram dos R$72,00/@ a prazo para os atuais R$74,00/@, fechando um pouco o diferencial com SP, que havia aumentado recentemente. Porém, nesses preços as escalas ainda não evoluíram a contento. O apetite de venda dos pecuaristas do MS a R$75,00/@ a prazo será um importante nível para sabermos se o out/09 terá força para ir além de sua precificação atual.
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