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Scot Consultoria

Mercado futuro na semana


Sexta-feira, 17 de julho de 2009 - 14h39

O mercado de boi gordo continua na mesma “toada” das últimas semanas, sem nenhuma grande oscilação nem pra cima e nem pra baixo, ou seja, sem força para subir, mas também sem espaço para quedas mais significativas. O índice ESALQ à vista tem apresentado uma volatilidade um pouco maior, porém com movimentos erráticos, caindo alguns centavos em um dia para recuperar a queda no próximo. Essas pequenas oscilações ocorrem com o índice à vista entre R$81,50 e R$81,90, e o a prazo entre R$82,50 e R$83,00/@, num cenário bastante claro de estabilidade de preços. A pouca oferta de animais em São Paulo e Mato Grosso do Sul, típica de entressafra, impede quedas maiores de preços, porém uma ligeira melhora nas ofertas de Goiás e o fraco desempenho das vendas de carne têm freado qualquer movimento mais forte de alta nos preços. Acompanhe na figura 1 a evolução do Índice ESALQ contra o “Equivalente Boi”. O “Equivalente Boi” representa o que o frigorífico apura apenas com a venda da carne no atacado, sem contar, portanto, o couro, o sebo e os miúdos. Então, é natural que ele fique abaixo dos preços pagos pela arroba do boi gordo, como pode ser observado. O problema é que a partir de maio, a defasagem entre o “Equivalente Boi” e o índice ESALQ aumentou bastante, desfavorecendo a indústria frigorífica e dificultando sobremaneira a evolução dos preços do boi no mercado físico. Neste cenário, a curva de preços futuros que precificava uma entressafra ao redor de R$89,00/@ pelo contrato de outubro perdeu força e acabou cedendo, rompendo até o forte “suporte” de preços ao redor dos R$87,00/@ como pode ser observado na figura 2. Enquanto o mercado físico não conseguir romper o marasmo atual e começar a operar com cara de entressafra pra valer, o mercado futuro tenderá a continuar sem grande movimentação. Isso pois ele precifica uma curva de alta para a entressafra condizente com a atual evolução do Índice ESALQ à vista, gerando poucas oportunidades de arbitrar a evolução dessa curva. Outro fator que chama atenção é o crescente aumento da posição comprada de Pessoa Física, com 46,2% de todas as compras do mercado, o que pode exacerbar qualquer movimento de queda caso essas posições tenham que ser liquidadas em algum momento de queda dos preços futuros. Na última semana também houve negócios com a opção de venda de nível R$83,00/@ para outubro sendo negociada a R$0,90/@ e a de nível R$85,00/@ sendo negociada a R$1,20/@, que podem ser interessantes para quem ainda não “comprou” nenhuma proteção para a entressafra.
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