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Scot Consultoria

Mercado futuro na semana


Sexta-feira, 29 de maio de 2009 - 15h55

Após o aumento de oferta provocado pela seca no Mato Grosso do Sul, que trouxe o Índice Esalq à vista para a mínima recente de R$77,67 no dia 11/05, a oferta veio se restringindo e os preços firmaram até voltarem aos patamares de meados de abril, ao redor de R$81,00/@. Com a pressão maior da safra já sinalizando que está ficando para trás, o sentimento de alta típico da entressafra já domina as atenções dos participantes do mercado. Acontece que o mercado futuro já precifica um mercado em alta para a entressafra, e a questão agora é se o mercado físico terá forças para superar os patamares precificados no mercado futuro. Até agora o contrato de out09 tem tido muita dificuldade para romper a barreira dos R$90,00/@, como pode ser observado na figura 1. Nos últimos dias, por 3 vezes, o out09 chegou bastante perto dos R$90,00/@, porém acaba não tendo força suficiente para romper essa resistência e os preços cedem. No pregão do dia 28/05 pela manhã, ele chegou a ser negociado na máxima a R$89,95/@ e, ao meio dia, para se ter uma idéia da resistência, estavam apregoados na venda 531 contratos até o R$90,00, mostrando que realmente essa será uma resistência difícil de ser rompida, pelo menos por enquanto. Chama a atenção na figura 1 também a expansão do volume à medida que o contrato de outubro segue sua trajetória de alta. É bem verdade que, com a proximidade do vencimento do contrato de maio09, a liquidez migrou naturalmente para o contrato de out09. Porém existe um ditado nos mercados financeiros que diz “O volume precede a tendência”, então não deixa de ser um sinal de força o volume aumentando conforme o mercado sobe. Outro fator digno de nota é que das outras vezes que o contrato de out09 foi testar os R$90,00/@ ele estava bastante sobrecomprado, como pode ser observado pela linha do IFR na figura. Desta vez o mercado não está sobrecomprado, então, teoricamente, estaria mais “livre” para romper os R$90,00/@. Com a firmeza dos mercados físico e futuro, o rompimento dessa forte resistência nos R$90,00/@ pode ser uma questão de tempo. Um bom gatilho para esse rompimento poderia ser o mercado físico subindo forte nas próximas semanas. Caso a carne no atacado consiga subir e se sustentar em patamares razoáveis e as exportações melhorem com a chegada do verão no hemisfério Norte, esses fatores aliados à pouca oferta de boi no mercado físico ditarão a tendência do mercado nas próximas semanas.
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