Mercado em recuperação

Após as notícias, rumores e incertezas que rondaram o mercado futuro do boi gordo, resultado da peleja entre Brasil e União Européia quanto ao número de fazendas habilitadas e as aptas a exportar ao bloco, houve recuperação dos contratos. A retomada foi expressiva. Em 3 dias de negociações (31/01, 01/02 e 06/02) ocorreram inúmeros reajustes: contrato de fevereiro-08 (R$2,04/@), maio-08 (R$1,59/@) e outubro-08 (R$1,88/@). Veja figura 1. No fechamento desta edição, as negociações no mercado futuro estavam com alta de 2,9% para fevereiro-08, 2,3% para maio-08 e 2,1% para outubro-08. Quem entrou na baixa (31 de janeiro) conseguiu aproveitar a recuperação do mercado. Apesar da alta recente, os patamares praticados atualmente estão abaixo daqueles observados antes da baixa, ou seja, o mercado ainda pode ter o que recuperar. A oferta de animais, entretanto, pouco mudou. As indústrias apresentam escalas de abate falhadas, em alguns casos alternando dias de abate e com capacidade ociosa entre 30% e 50%. A dificuldade no preenchimento das escalas é resultado, também, das pressões baixistas nas cotações do boi gordo. Desde os primeiros anúncios da UE quanto ao possível embargo total à carne bovina in natura brasileira, os negócios com gado rastreado foram praticamente paralisados. O feriado do Carnaval, quando compradores e vendedores se ausentam do mercado, também influenciou o cenário de poucos negócios. A expectativa fica por conta da oferta de gado na próxima semana. Com a normalização das chuvas, os pastos estão em melhores condições, o que permite a retenção do gado em engorda.
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