Queda no volume e incremento no preço médio dos couros exportados em relação a 2010

O mercado do couro verde está mais movimentado. Negociações em preços mais altos que o de referência (R$1,70/kg no Brasil Central) têm ocorrido em maior quantidade. A referência está estável, mas existe a possibilidade de alta. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações de couros em junho somaram US$168,0 milhões. Em relação a maio, houve recuo de 18,0% na receita, devido, principalmente, à diminuição das exportações para a Europa, que reduziu as compras devido às férias. Em relação ao mesmo período do ano passado houve incremento sutil no faturamento, de 1,4%. Foram exportadas 27,4 mil toneladas em couros, queda de 24,5% em relação ao volume de maio e o menor este ano. Em relação a junho de 2010 a quantidade embarcada recuou 18,6%. O preço médio das peles exportadas subiu 8,6% em relação ao de maio. Em junho o preço médio ficou em US$6,13/kg, o maior valor desde agosto de 2008. O recuo mais expressivo no volume, em relação aos preços e faturamento ocorre devido ao perfil dos compradores. Para a Europa, principalmente Itália, são exportados couros nos estágios iniciais de curtimento, de valor médio mais baixo. Com a redução sazonal das vendas para o continente, os embarques totais diminuem em volume, mas o preço médio aumenta. SEBO Houve reajuste no preço do sebo no Brasil Central. A matéria prima está cotada em R$1,80/kg. Do lado da demanda o setor de biodiesel tem utilizado a soja, em detrimento ao sebo. O setor de higiene pessoal e limpeza tem dificuldades no escoamento, devido à própria sazonalidade de vendas, com queda no período mais frio. O varejo com estoques desses produtos não tem colaborado com as vendas da indústria. Ainda assim, a oferta modesta fez com que os preços subissem. De maneira geral o mercado segue sem grandes distorções de oferta e demanda.
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