O preço do couro verde de primeira linha no Brasil Central subiu e está em R$1,60/kg.
A cotação acumula alta de 18,5% em 30 dias.
A disponibilidade de peles é pequena, o que faz surgir negócios em preços maiores. De maneira geral, o repasse ao couro exportado, com o dólar em baixa, está difícil.
Em relação ao mesmo período de 2010 o valor atual é 3,8% maior.
No último ano o preço do couro verde não acompanhou as fortes altas para o boi gordo. Subiu 3,8% em 2010, enquanto o boi gordo se valorizou 35,2% no período.
Vale ressaltar que em 2009 o couro verde registrou forte alta, de 85,7% no ano, enquanto o boi gordo caiu 10,3%.
SEBO
O preço do sebo diferido no Brasil Central está estável em R$2,00/kg, mas perdeu a firmeza.
A oferta não é abundante, o que cria a expectativa de recuos é a demanda fraca e a pressão dos compradores.
No setor de higiene pessoal e limpeza, as vendas estão fracas e existe pressão por parte dos compradores deste setor.
No setor de biodiesel, o deságio do último leilão colaborou para a pressão sobre as cotações.
O que tem mantido o mercado é a oferta curta. Mesmo com oferta enxuta a tendência é de recuo nos preços.
Foi feita uma análise das correlações do preço do sebo com o óleo de soja e com a soja, que são os concorrentes na produção de biodiesel.
Apesar de a tendência observada no gráfico ser semelhante, a correlação entre o preço do sebo e da soja não é considerada alta (0,69). Figura 1.
Em relação ao óleo de soja a correlação é menor, 0,19. Para o óleo de soja e soja grão, o período analisado foi entre janeiro de 2007 e fevereiro de 2011.
Analisando a correlação entre os abates (oferta) e o preço do sebo, a correlação encontrada foi de -0,28. Aqui também não é considerada relevante.
Correlações negativas indicam que as movimentações são opostas, mais abates e queda nos preços, por exemplo. Mas o coeficiente é baixo para ser considerada uma correlação importante. As variações de demanda têm um papel forte nessa precificação.
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