Não houve alteração no preço do couro verde. O couro verde de primeira linha no Brasil Central segue estável em R$1,35/kg. A oferta não é abundante, mas a demanda não permite reajustes. Mercado calmo.
SEBO
O preço do sebo teve reajuste.
O produto está cotado em R$1,40/kg no Brasil Central, preço 13,8% maior que há 30 dias.
Desde o vale de preços deste ano, em junho e início de julho, com a matéria prima cotada em R$1,20/kg, já houve valorização de 16,7%. Comparado ao preço do início do ano o valor atual é 9,1% menor. Em termos nominais, o preço é igual ao do mesmo período de 2009.
A oferta enxuta, devido ao menor volume de abates, foi uma das causas da alta.
Do lado da demanda, o setor de biodiesel segue com boas compras, estimuladas pelas altas no preço da soja, que também é utilizada como matéria prima desta indústria. Desde o final de julho o preço da soja subiu 11,1%.
Nesse mesmo período, o sebo teve valorização de 16,7%.
Apesar da recente alta, o preço atual da soja ainda é 5,8% menor que há um ano.
Na figura 1 estão as variações dos preços do sebo desde o início de cada ano, em 2009 e 2010.
Observe como, em relação à variação no ano, o patamar atual é menor que no mesmo período de 2009, mesmo com o sebo cotado em R$1,40/kg, em ambas as ocasiões.
Em 2010 o sebo iniciou o ano cotado em R$1,54/kg, ante R$1,40/kg no início de 2009.
Em 2009, a esta altura, o preço já havia se recuperado da desvalorização típica do meio do ano, causada pela demanda fraca do setor de higiene pessoal e limpeza.
Nas últimas semanas, no entanto, houve sucessivos reajustes e, com o cenário atual, o viés continua de alta.
O volume de biodiesel produzido este ano é maior, com a implantação do B5 (adição de 5% de biodiesel ao diesel nacional) em janeiro.
Os preços do boi gordo em alta, mesmo com saída de animais confinados, demonstram a escassez de oferta, que é refletida em níveis menores de abate e menor produção de sebo.
As vendas do setor de higiene estão em recuperação.
Tais fatores podem vir a fazer com que os preços recuperem a desvalorização em relação ao início do ano.
Em 2009, o preço no fim do ano era 10% maior que em janeiro respectivo.
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