Exportações de couros em julho

Não houve alterações nos preços vigentes no mercado de couro verde. O couro verde de primeira linha no Brasil Central está cotado em R$1,40/kg. Quanto ao mercado externo, as vendas em julho deixaram a desejar, tanto em volume quanto em receita. As exportações de couros em julho somaram US$143,9 milhões, valor 13,1% menor que em junho. O volume exportado caiu 20,4% no mesmo período, foram embarcadas 26,8 mil toneladas. Figura 1. Embora os dados consolidados dos embarques de julho, com segregação por destino, ainda não tenham sido divulgados, os agentes do setor comentam que as vendas de couros para a Europa estão em ritmo lento. Isto justifica a movimentação ocorrida em julho, de queda na receita e volume, mas aumento nos preços. Isto porque China, Hong Kong e Itália importam principalmente couros de menor valor agregado, como o wet blue. Com a diminuição das compras da Itália, o preço médio provavelmente subiu devido ao aumento da participação dos Estados Unidos que, por sua vez, importam couros de maior valor, o que aumentou o preço médio. Analisando os números do primeiro semestre (MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, compilados pelo CICB – Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil), pode-se observar que a média de preço do couro exportado aos Estados Unidos é bem superior ao negociado com China, Hong Kong e Itália. No primeiro semestre, o preço médio do couro exportado para China e Hong Kong foi de US$3,35/kg. O couro vendido para a Itália teve preço médio de US$3,75/kg. Já o couro exportado para os Estados Unidos ficou em US$14,2/kg. Em 2009 ocorreu movimento semelhante, com queda de 2,9% na receita e 10,3% no volume exportado em julho. Os preços em dólares subiram 8,3%. Se as exportações seguirem o traçado de 2009 (considerando as conjunturas e o distanciamento da crise de 2008), em agosto são esperadas melhoras, tanto no volume quanto na receita das exportações de couros. SEBO O mercado do sebo está estável. O derivado é negociado por R$1,23/kg no Brasil Central. Os abates em níveis reduzidos enxugam a oferta do produto, o que se contrapõe à fraca demanda do setor de higiene e limpeza. A demanda pelo setor de biodiesel está firme, mas não é suficiente para impor reajustes.
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