Exportações no primeiro semestre

O mercado do couro verde de primeira linha no Brasil Central segue pressionado. Preço referência estável em R$1,30/kg. Em junho as exportações brasileiras de couros atingiram US$165,68 milhões, em receita. A maior desde julho de 2008. A receita foi 4,8% mais alta que em maio e 72,8% superior à de junho de 2009. Em volume, foram embarcadas 33,68 mil toneladas, 2,3% menos que em maio. Em relação a junho de 2009, houve aumento de 9,4% na quantidade vendida. O preço médio em junho foi de US$4,92/kg, valor 7,3% mais alto que em maio e 58% superior ao do mesmo mês de 2009. Fica evidente a recuperação das exportações de couro em 2010, na comparação com 2009. No primeiro semestre de 2010 foram exportados US$879,65 milhões, 77,5% mais que no mesmo período de 2009. Em relação a 2008, no entanto, o faturamento está 18,2% aquém. Considerando o volume, a recuperação é menor, uma vez que a crise pela qual o setor passou em 2009 foi mais relacionada aos preços. No primeiro semestre de 2009 houve redução de 54% na receita, mas apenas 8,5% no volume, em relação a 2008. Isso mostra que o problema maior no último ano foi a queda do preço do couro exportado. Nas figuras 1 e 2 estão os volumes e receitas exportados no primeiro semestre de cada ano. Note que, em volume, 2010 supera inclusive 2008. SEBO O preço do sebo subiu no Brasil Central e no Rio Grande do Sul. A menor disponibilidade de boi gordo e, conseqüente, diminuição nos abates e produção de sebo, ajudou no movimento. As indústrias de higiene pessoal e limpeza têm aumentado as compras, o que ajuda na alta do preço. A demanda pelo setor de biodiesel segue em bom patamar, apesar das temperaturas mais baixas exigirem algumas adequações no processo de produção, como mistura do sebo com óleo de soja, a fim de evitar a “cristalização”. Hoje o sebo está cotado em R$1,23/kg no Brasil Central e em R$1,15/kg no Rio Grande do Sul.
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