O mercado do couro verde no Brasil Central está estável. O preço referência do couro verde de primeira linha é R$1,30/kg.
Existem negócios em preços mais altos, ocasionados pela queda da disponibilidade de matéria prima em algumas regiões.
O cenário é de manutenção das cotações, mas com pressão por reajustes.
Os frigoríficos buscam repassar a valorização do boi gordo para os produtos do abate.
Mas qual é o efeito de um reajuste de R$0,10/kg na receita de um frigorífico?
No Brasil Central, a venda de uma pele de 45kg gera receita de R$58,50, valor que cobre 4,3% de um boi gordo comprado em São Paulo.
Com o valor do couro verde em R$1,40, a receita gerada cobriria 4,6% do custo do boi. Diferença de 0,3 ponto percentual.
Em reais, a diferença da venda da pele nos dois preços é de R$4,50, por peça de 45kg.
SEBO
O sebo no Brasil Central está cotado em R$1,20/kg, livre de imposto.
As vendas do setor de higiene e limpeza continuam fracas, mas existem indústrias comprando sebo à espera de melhora nas vendas destes produtos, em agosto e setembro.
Somada à demanda do setor de biodiesel, que utiliza a gordura bovina como matéria prima,
a melhora na demanda do setor de higiene deve causar reajustes em médio prazo.
Outro fator que deve sustentar ou ajudar na recuperação dos preços do sebo é a pouca disponibilidade de bois gordos, que causa diminuição nos abates e queda na oferta de sebo.
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