O mercado do boi gordo firme demonstra a menor oferta de animais para o abate. Temos, com isso, maior ociosidade dos frigoríficos e menor produção de couro verde, pressionando o mercado de peles.
Devido ao aumento das exportações em março, os frigoríficos buscam reajustes no recebimento da matéria prima.
Os curtumes, por sua vez, têm aproveitado a melhoria na margem de comercialização entre couro exportado e curtido para compensar o achatamento dos últimos meses (gerado pela valorização do couro verde no segundo semestre de 2009).
O mercado firme e a pressão dos frigoríficos por reajustes podem trazer incremento nos preços pagos pela matéria prima.
Com a estabilidade do preço do couro (R$1,30/kg), a variação da margem dos curtumes depende exclusivamente dos preços de venda, principalmente do mercado externo.
Veja a figura 1. Observe a linha que indica a relação entre os preços da matéria prima e o preço médio do produto exportado.
Esta relação de preços nos dá uma idéia da margem dos curtumes. A relação seguiu em queda durante todo o segundo semestre de 2009, mesmo com a valorização do couro exportado. Isto ocorreu devido à forte valorização do couro verde na segunda metade de 2009, causada pela concentração do
setor.
SEBO
As cotações do sebo estão pressionadas negativamente desde o início do ano. A queda do preço da soja influencia esta situação.
Apesar de pressionado, o preço do sebo permanece estável no Brasil Central e no Rio Grande do Sul. Hoje são pagos R$1,32/kg e R$1,23/kg, respectivamente.
Os abates reduzidos impedem maiores quedas.
O Equivalente Scot, que apura a receita do frigorífico com a venda da carcaça, couro e sebo, está em R$82,59/@, 0,7% acima do preço pago pelo boi em São Paulo. Mesmo com as últimas altas da arroba do boi, o ágio do Equivalente está acima da média de 0,3% em 2010.
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