As cotações do couro verde voltaram a subir no Brasil Central. O couro catado, por exemplo, chegou a R$0,85/kg, 70% acima do que valia o couro verde
de primeira linha há pouco mais de 90 dias.
Já tem quem aposte que, ao longo dos próximos meses, o couro verde de primeira linha irá alcançar R$1,50/kg no Brasil Central. O couro catado, portanto, poderá ser negociado acima de R$1,00/kg.
Acompanhe, na figura 1, as variações de preço do couro verde desde o início de junho, quando foram registrados os patamares mais baixos do ano. Nenhum outro derivado bovino (aliás, produto algum) registrou aumentos tão significativos.
A explicação é a seguinte. O “efeito JBS” (retirada das peles da empresa do mercado para curtimento próprio), alçou o couro verde a patamares relativamente elevados. Agora, as vendas de couro curtido estão gradualmente se aquecendo, dando sustentação a novas valorizações da matéria-prima.
Vale lembrar que, conforme apresentado na última edição (Boi & Companhia Nº 843), os preços do couro exportado voltaram a trabalhar em alta. Ainda que os curtumes apontem que precisariam subir bem mais para compensar o aumento de custo (reajustes do couro verde) e a valorização do real.
Por falar em real, o Ministério da Fazenda considera que o câmbio ideal para o Brasil seria R$2,60 por US$1,00. Dessa forma, se compromete a adotar medidas adicionais para tentar segurar a valorização da moeda brasileira, como também estudar medidas de desoneração fiscal para os exportadores.
Porém, enquanto nada de novo acontece, o câmbio segue na casa de R$1,70 por US$1,00, com apostas de R$1,60 por US$1,00 em médio prazo.
SEBO ESTÁVEL
Para o sebo, preços estáveis.
Os compradores apontam que há equilíbrio entre oferta e demanda. Dessa forma, o mercado deve permanecer andando de lado.
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