O mercado do couro verde está firme.
Além da retirada das peles da JBS-Friboi do mercado, assunto que já foi amplamente explorado nesta coluna, a oferta diminuiu ainda mais nos últimos dias, em função da retração dos abates.
As vendas estão evoluindo “um pouco melhor”, de acordo com os curtumes, o que também ajuda na valorização do couro verde.
O problema é que os preços continuam baixos. Em agosto último, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o preço médio do couro exportado pelo Brasil ficou em US$3,46 por quilo, uma retração de 48% em relação ao mesmo período do ano passado.
No fechamento desta edição, os dados consolidados das exportações de setembro não estavam disponíveis. Porém, já tínhamos acesso à média diária das exportações de calçados e couro das três primeiras semanas do mês. Elas ficaram em US$10,737 milhões, retração 1% em relação a agosto.
Não bastasse, o dólar está em queda, rompendo o piso de R$1,80. Há quem aposte em R$1,70 no curto prazo.
Ainda assim, nenhum outro produto da pecuária se valorizou mais do que o couro verde nos últimos 60 dias. Acompanhe na figura 1.
Vale destacar, porém, que essa acentuada valorização do couro verde serviu apenas para alçá-lo de volta aos patamares do mesmo período de 2008.
SEBO TAMBÉM EM ALTA
A retração da oferta também levou a aumentos de preço para o sebo bovino (veja tabela abaixo).
Na outra ponta, as temperaturas altas e a retomada do crescimento da economia ajudam nas vendas.
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