O mercado do couro verde voltou a trabalhar em alta, com reajustes de R$0,05/kg no Brasil Central e de R$0,10/kg no Rio Grande do Sul.
No Brasil Central, para o couro de primeira linha, já ocorrem negócios em R$0,60/kg.
Reflexo do nível relativamente baixo de oferta (graças à ociosidade e paralisação de abate de várias unidades frigoríficas ao longo dos últimos meses) e da retomada das vendas externas.
No que diz respeito às exportações, os embarques realmente estão em alta. O problema agora são os preços em patamares historicamente baixos e a apreciação cambial.
EXPORTAÇÕES DE COURO
De acordo com informações preliminares do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil exportou, em julho último, 27,60 mil toneladas de couro, com receita de US$93,20 milhões.
Em relação a junho, houve queda de 10% em volume e de 3% em faturamento, o que não chega a ser preocupante, por se tratar de um efeito sazonal (férias na Europa).
É interessante destacar que o preço médio, nesse período, reagiu 8%, passando de US$3,11/kg para US$3,38/kg.
Em relação a julho do ano passado, quando foram embarcadas 20,92 mil toneladas de couro, houve um crescimento de 32%. Ou seja, os embarques retornaram aos patamares normais.
A receita, porém, caiu 35% (havia sido de US$142,44 milhões em julho de 2008), já que o preço médio despencou de US$6,81/kg para US$3,38/kg.
No acumulado de janeiro a julho de 2009 foram exportadas 179,60 mil toneladas, com faturamento de US$588,67 milhões. No mesmo período do ano passado, foram 186,83 mil toneladas, no valor de quase US$1,22 bilhão.
Em volume a queda foi de apenas 4%. Mas a receita caiu 52%, graças à retração dos preços.
Não bastasse, agora os curtumes têm que lidar também com a valorização do real.
<< Notícia Anterior
Próxima Notícia >>