Firmes de novo!

O couro e o sebo voltaram a trabalhar em ambiente firme. No caso do couro verde de primeira linha, as cotações no Brasil Central vêm variando entre R$0,40 e R$0,50 por quilo há semanas, de acordo com levantamento da Scot Consultoria. Portanto, o preço-referência estava em R$0,45/kg. Agora, porém, consideramos R$0,50/kg como preço-referência. Até então, a última correção positiva do couro verde havia sido registrada ao final de novembro de 2007. E foi um “reajuste rápido”, na semana seguinte o couro já voltava a cair. Tem havido, inclusive, certa pressão de alta, que só não ganha força pelo fato das vendas de couro curtido apresentarem ainda um desempenho bastante modesto. Em julho, de acordo com informações preliminares do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil exportou 27,60 mil toneladas de couro, uma queda de 10% em relação a junho. Em julho as exportações normalmente caem mesmo, pois as negociações com a Europa esfriam por conta das férias (efeito sazonal). O maior problema é que o preço médio exportado, apesar de ter registrado uma ligeira recuperação na comparação com junho (+8%), se manteve 50% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. Caiu pela metade! Na próxima edição apresentaremos uma análise mais detalhada das exportações de couro. SEBO EM ALTA Já a demanda por sebo está melhorando, conforme o frio diminui. Como a oferta não é abundante, o mercado voltou a trabalhar em alta. No Brasil Central, os negócios com sebo bovino passaram a ocorrer em R$1,32/kg (diferido), aumento de R$0,07/kg ou de 6% em relação à semana passada (no Rio Grande do Sul o aumento foi da mesma magnitude). A firmeza dos preços do couro e do sebo ajudaria a reduzir a pressão negativa sobre as margens das indústrias frigoríficas, não fosse o fato de a carne ter voltado a trabalhar em baixa.
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