Expectativas melhores para agosto e setembro

O mercado do couro verde está andando de lado. Os negócios variam entre R$0,20/kg e R$0,50/kg, em função de procedência, volume e qualidade. O mesmo vale para o sebo. Já se vão mais de duas semanas de estabilidade, após um período de forte desvalorização. Em relação ao início do ano tem-se uma queda de 11% para o sebo e de 34% para o couro, considerando o produto de primeira linha. Somente nos últimos 60 dias, a queda acumulada do sebo é de 17%, sendo que o couro se desvalorizou 15%. A frouxidão do couro e do sebo vem afetando negativamente as margens das indústrias frigoríficas, mas as expectativas para agosto e setembro são melhores. Conforme o inverno vai ficando para trás, a tendência é que a demanda por sebo aumente. E como a oferta deverá se manter relativamente reduzida (afinal, é entressafra do boi), é possível que o mercado volte a trabalhar em ambiente firme. Já no caso do couro, as expectativas são de aquecimento das vendas na virada de agosto para setembro, quando a Europa deve retomar as compras. A ameaça fica por conta da valorização do real. Acompanhe o comportamento do câmbio na figura 1. Veja só o impacto da apreciação cambial. O preço médio do couro exportado, em janeiro, estava em US$3,54/kg, o equivalente a R$8,16/kg. Em junho, a cotação estava em US$3,11/kg, o equivalente a R$6,10/kg. A queda, em dólares, foi de 12%. Mas a em reais chegou a 25%.
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