Exportações de couro: O problema está nos preços

As cotações do couro verde se mantiveram estáveis e em ambiente de poucos negócios. O setor espera por novidades apenas a partir da virada de agosto para setembro, após as férias da Europa e quando as medidas anti-crise (adotadas por governos do mundo todo) deverão começar a dar resultados positivos. As ações do Ministério Público Federal no Pará, com a possibilidade de vir a ocorrer algo semelhante no Mato Grosso, poderiam ter mexido com o mercado do couro verde, já que as peles do Norte ocupam um espaço importante no contexto nacional de produção. Mas como os negócios estão caminhando a passos de tartaruga, o impacto foi pequeno. MERCADO EXTERNO Em junho, de acordo com dados preliminares do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil exportou 30,80 mil toneladas de couro, com faturamento de US$95,90 milhões. Houve, portanto, um aumento de 6% em receita e de 12% em volume na comparação com os resultados de maio (US$90,30 milhões e 27,42 mil toneladas). De toda forma, o preço médio voltou a cair. Passou de US$3,29/kg para US$3,11/kg. Tal cotação, este ano, só ficou acima dos US$3,04/kg registrados em abril. A boa notícia é que, em relação a junho de 2008, o volume exportado aumentou 16%. Apesar disso, o faturamento despencou 46%, em função da queda de 53% do preço médio. Veja na tabela 1. Em termos de volume, as exportações de couro estão subindo desde janeiro. Agora, voltaram a superar o desempenho do ano passado (junho/08 x junho/09). Mas os preços têm se mantido exageradamente baixos, e a situação para os curtumes se complica ainda mais com o câmbio abaixo de R$2,00. Em 2008, quando o dólar se encontrava em patamares próximos aos atuais, o preço médio do couro exportado girava em torno de US$5,50/kg.
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